sábado, 25 de outubro de 2008

30º Domingo do Tempo Comum - Ano A - 2008

Evangelho (Mt 22,34-40)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 34 os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35 e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?"37 Jesus respondeu: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!’ 38 Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39 O segundo é semelhante a esse: 'Amarás ao teu próximo como a ti mesmo'. 40 Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Nesse trecho do Evangelho de Mateus, Jesus se encontra novamente entre os fariseus. Isso porque quando eles souberam que os saduceus não conseguiram fazê-lo cair em contradição (cf. Mt 22,23-33), quiseram mais uma vez colocá-lo à prova. Por certo, se admiravam como um homem de origem tão simples pudesse demonstrar tanta sabedoria, atitude que nos leva a afirmar que admirar o que Jesus diz está muito distante de realmente aceitá-lo como Senhor e Deus de nossas vidas...

Dessa vez, um dos Doutores da Lei pergunta a Jesus sobre qual seria o maior de todos os mandamentos. É interessante notar que a pergunta vinha de alguém que realmente conhecia as Escrituras e sabia das inúmeras prescrições contidas não somente na Torah, mas em toda a tradição oral de Israel, da qual os fariseus eram grandes defensores. Era, portanto, uma pergunta difícil de ser respondida.

Mas a beleza da resposta que o Senhor lhe dá não está propriamente no conhecimento que ele demonstra ter dos escritos sagrados. De fato, o preceito do amor a Deus se encontra em Dt 6,5 e o do amor ao próximo em Lv 19,18, dois dos livros que formam a Torah judaica. Antes, a inovação contida na resposta de Jesus está na maneira como ele articula esses dois princípios de modo que resumam tudo o que a lei quer expressar.

"Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos" (Mt 22,40). É preciso, em primeiro lugar, compreender que a Palavra de Deus é sinal do seu amor por todos nós. Justamente porque nos ama é que Deus fala conosco! Portanto, não há sentido em observar o que Deus nos diz senão como maneira amorosa de responder a seu amor. Não é verdade que "amor com amor se paga"? Por isso que, de fato, o maior e o primeiro mandamento da Lei é este: "amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22,37) Em suma, a Lei existe para fazer com que nos aproximemos cada vez mais do infinito amor de Deus!

Mas não só! O amor de Deus é para todos. De fato, ele fala a todos os seres humanos. Somos convidados por Deus a reconhecer seu amor presente na vida de todos. Em outras palavras, podemos dizer que somos chamados a gostar de quem o nosso Amado gosta. É o amor de Deus que valoriza aquilo que somos. Tanto você quanto eu somos importantes porque amados por Deus. Amar o próximo é reconhecer essa verdade!

E aqui está o centro do ensinamento de Jesus: compreender essas coisas requer uma profunda conversão, ou seja, uma decisão pessoal do coração pelo amor. Precisamos nos decidir pelo Amor. Só assim alcançaremos o centro de toda a Lei. O caminho, por certo, não é fácil, mas é preciso, em primeiro lugar, se decidir fazê-lo. Eu me decido. E você? Que o Espírito de Amor confirme a nossa decisão!

Com afeto salesiano
Pe. Mauricio Miranda.

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In questo brano del Vangelo di Matteo, Gesù è di nuovo tra i farisei. Questo perché avendo saputo che i sadducei non erano riusciti a farlo cadere in contraddizione (cf. Mt 22,23-33), avevano voluto ancora una volta metterlo alla prova. Di certo, erano ammirati dal fatto che un uomo di semplici origini potesse dimostrare tanta saggezza. Questo, però, ci fa vedere che erano ancora lontani dall'accettarlo come Dio e Signore della vita.

Questa volta, uno dei dottori della legge chiede a Gesù quale sarebbe il più grande di tutti i comandamenti. È interessante notare che la questione proveniva da qualcuno che conosceva veramente le Scritture e sapeva molte delle prescrizioni contenute non solo nella Torah, ma in tutta la tradizione orale d'Israele, di cui i farisei sono stati grandi sostenitori. Era quindi una domanda difficile da rispondere. Ma la bellezza della risposta del Signore non è esattamente la conoscenza che egli mostra di avere delle sacre scritture. In effetti, il precetto dell'amore verso Dio lo troviamo in Dt 6,5 e quello dell'amore verso il prossimo in Lv 19,18, due dei libri che compongono la Torah ebraica. L'innovazione che troviamo nella risposta di Gesù è la maniera in cui egli articola questi due principi in modo che riassumino ciò che la legge vuole esprimere.

"Tutta la Legge ed i Profeti dipendono da questi due comandamenti" (Mt 22,40). Dobbiamo, prima di tutto, capire che la parola di Dio è un segno del suo amore per tutti noi. Proprio perché Dio ci ama che vuole parlare con noi! Dunque, non ha nessun senso osservare ciò che Dio ci dice di fare se non come un modo amorevole per rispondere al suo amore. Non è vero che "l'amore si può ripagare solo con l'amore"? Perciò, il primo e più grande comandamento della legge è questo: "Amerai il Signore Dio tuo con tutto il cuore e con tutta la tua anima e con tutta la tua mente" (Mt 22,37) In sintesi, la legge esiste per renderci ancora più capaci d'amare Dio!

Ma non solo! L'amore di Dio è per tutti. In effetti, egli parla a tutti gli esseri umani. Siamo invitati da Dio a riconoscere nella vita di ognuno il suo amore. In altre parole, possiamo dire che siamo chiamati ad amare chi il nostro Amato ama. È l'amore di Dio che dona valore a ciò che siamo. Noi, tu ed io, siamo preziosi giustamente perché amati da Dio. Amare il prossimo è riconoscere ciò!

E qui troviamo il centro degli insegnamenti di Gesù. Ma capire queste cose richiede una profonda conversione, la quale è una decisione personale del cuore verso l'amore. Abbiamo bisogno di decidere basandoci sull'amore. Solo allora raggiungeremo il centro di tutta la legge. La strada, di sicuro, non è facile, ma dobbiamo, prima di tutto, deciderci di farla. Il ho deciso. E voi? Possa lo Spirito d'Amore confermare la nostra decisione, la tua e la mia!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Grécia - Conclusão

Chegamos à conclusão das duas últimas postagens sobre a Grécia. Claro que é muito pouco para falar de lugar tão rico em história. Dada a sua diversidade, o itinerário de viagem por terras gregas, depende da escolha do tipo de coisa que se deseja ver.

O leitor que acompanha assiduamente esse blog sabe que estive na Grécia para visitar os lugares que estão ligados ao trabalho missionário do Apóstolo Paulo. Para ver um pouco do material que recolhi dessas visitas, basta acessar algumas partes do "Especial Apóstolo Paulo" no arquivo desse blog.

Essas três postagens sobre a Grécia foram apenas um "bônus" de outros lugares que não sejam aqueles diretamente ligados ao Apóstolo. Esperam que tenham gostado do pouco que partilhei com vocês a respeito desse lindo país. Um dos leitores me disse que as três postagens valeram a pena já pelo fato de mostrar lugares que geralmente não são os mais enfocados por agências de turismo em geral... Fico contente por saber que, de alguma forma, contribuí para ampliar a visão que se tem a respeito desse belíssimo país. A seguir, para encerrarmos, seguem algumas fotos da cidade de Atenas.

Obrigado pela paciência que tiveram até aqui.
Deus abençoe a todos!

Com afeto salesiano
Pe. Mauricio Miranda.

Palácio do Governo



Troca da Guarda em frente ao Palácio



Soldado ateniense (detalhe)



Centro de Atenas (detalhe)



Estádio Olímpico Panathinaikon: a versão moderna do estádio de Panathinaikon está construída exatamente no lugar original onde ele foi erguido pela primeira vez (século VI a.C.). O lugar foi palco de vários eventos esportivos da história.



Zappion, Casa de Espetáculos de Atenas




Estádio Olímpico de Atenas, onde foram realizadas as Olímpiadas de 2004

Estádio Olímpico de Atenas (Detalhe)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Grécia - Parte 2

Delphos

A moderna cidade de Delphos é mundialmente conhecida pelo seu sítio arqueológico, declarado patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. O lugar, para além de sua importância histórica, é realmente de uma beleza indescritível, sobretudo pela altura da antiga cidade que permite ao visitante ter uma fantástica visão de toda a região.

Acredita-se que o local tenha sido habitado desde o período neolítico (a conhecida Idade da Pedra), mas a maioria das ruínas que ali se encontram datam dos séculos VI a IV a.C. Delphos ficou conhecida no mundo antigo por causa dos oráculos em honra ao deus Apolo, exercidos por sacerdotisas pagãs que procuravam fazer previsões para o futuro, sendo procuradas, além de pelo povo em geral, sobretudo por grandes autoridades políticas da época. Sobre esse tipo de previsões, contam-se muitas lendas interessantes.

Um dos lugares mais importante de todas as ruínas é, sem dúvida, o Templo de Apolo, deus da mitologia grega. O templo, em sua forma atual, é o terceiro que foi erguido no local, provavelmente no século IV a.C. O templo era a sede do culto à Apolo e o lugar de onde se faziam os oráculos. Além disso, ainda em bom estado de conservação, se podem ver em Delphos, o teatro e o estádio olímpico. Esse último, construído sobre a parte mais alta de toda a montanha, revela a visão esportiva que os gregos possuíam e o espaço que o significado que essas atividades ocupavam em toda a cultura grega.

A visita às ruínas de Delphos, além de ser um belíssimo cartão postal, rende um bom material para estudo e pesquisa histórica. Abaixo, seguem algumas fotos do local.

A gente se vê amanhã.

Com afeto salesiano
Pe. Mauricio Miranda.

Visão panorâmica da região próxima à cidade de Delphos



Monte próximo às ruínas da antiga cidade


À entrada do sítio arqueológico, o visitante pode conhecer um grande museu onde estão expostos diversos objetos encontrados nos trabalhos arqueológicos na região. (dois exemplares, nas fotos acima e abaixo)





Entrada das ruínas



Vista panorâmica


Vista panorâmica



Vista panorâmica


Entrada do Templo dedicado a Apolo



O teatro da cidade de Delphos



Estádio olímpico de Delphos que se encontra no ponto mais alto de toda a montanha. Das arquibancadas se tem uma visão privilegiada de toda a região.


sábado, 18 de outubro de 2008

29º Domingo do Tempo Comum - Ano A - 2008

Evangelho (Mateus 22, 15-21)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 15 os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16 Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17 Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?"18 Jesus percebeu a maldade deles e disse: "Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19 Mostrai-me a moeda do imposto!" Levaram-lhe então a moeda. 20 E Jesus disse: "De quem é a figura e a inscrição desta moeda?" 21 Eles responderam: "De César". Jesus então lhes disse: "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Estamos acompanhando nos últimos domingos a narração dos acontecimentos que culminarão na paixão, morte e ressurreição do Senhor. No episódio desse domingo, Jesus se encontra em meio a uma discussão entre os fariseus e os herodianos. Para compreender o significado da resposta do Senhor à pergunta que representantes desses dois grupos o fizeram, é necessário entender quem eram essas pessoas.

Os fariseus eram judeus que buscavam viver a pureza do culto a Deus por meio da observância restrita da Torah (lei escrita) e de inúmeras leis recolhidas da tradição oral de Israel. Dentre eles, havia aqueles que eram conhecidos pelo nome de zelotes; esses, entendiam que a observância à lei de Deus implicava uma luta política a fim de fazer de Israel uma nação livre. Por esse motivo, os zelotes faziam forte oposição à dominação romana da Palestina que era considerada por eles como um castigo de Deus. Os herodianos, por sua vez, eram partidários do rei Herodes e, por isso, favoráveis à política de dominação romana.

Ao enviarem seus discípulos (zelotes) junto com alguns do partido de Herodes, os fariseus queriam colocar Jesus em uma situação que o forçaria a "tomar partido" por alguma das partes, o que seria pretexto para que a outra parte o perseguisse. É nesse contexto malicioso que nasce a pergunta: "É lícito ou não pagar o imposto a César?"

Sabendo da maldade do coração deles, Jesus não responde à pergunta que lhe fazem, ao menos, não de modo direto. De fato, a mensagem do Evangelho de hoje e, portanto, o centro da resposta de Jesus, encontra-se no "Dai a Deus o que é de Deus". Dizendo dessa forma, Jesus deixa para que eles encontrassem a resposta à própria pergunta, já que uma vez que se conhece ao Senhor, certamente se sabe distinguir o que é justo aos olhos dele. De fato, é a luz dos critérios do Evangelho que devemos julgar as coisas desse mundo.

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

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Questa Domenica, Gesù si trova coinvolto in una discussione tra i farisei e i sostenitori di Erode. Per comprendere il significato della risposta che il Signore dà alla domanda che i rappresentanti di questi gruppi hanno fatto, abbiamo bisogno di capire chi erano queste persone.

I farisei erano ebrei che avevano cercato di vivere la purezza del culto a Dio attraverso la rigorosa osservanza della Torah (legge scritta) e di numerose disposizioni legislative raccolte dalla tradizione orale di Israele. Tra questi, vi erano coloro che erano conosciuti con il nome di Zeloti; questi credevano che la conformità alla legge di Dio chiedeva una lotta politica al fine di rendere Israele una nazione libera. Per questo, facevano una forte opposizione alla dominazione romana della Palestina che era considerata da loro come una punizione di Dio. Invece, i sostenitori di Erode erano favorevoli alla politica della dominazione romana.

Quando inviarono alcuni dei loro discepoli (zeloti) insieme ad alcuni dei rappresentanti di Erode, i farisei volevano mettere Gesù in una situazione che lo costringesse a "prendere le parti" di una delle due fazioni, il che avrebbe giustificato dall'altra parte il motivo sufficiente per perseguitarlo. È in tale contesto che si pone la questione: "E' lecito o no pagare l'imposta a Cesare?"

Conoscendo il loro cuore, Gesù non risponde alla domanda che fanno, almeno non in modo diretto. In realtà, il messaggio del Vangelo di oggi e, quindi, il centro della risposta di Gesù, sta nel brano: "dare a Dio quello che è di Dio". Dicendo così, Gesù lascia che siano loro a trovare la risposta alla domanda, perché una volta che si conosce il Signore certamente si sa distinguere ciò che è giusto. E', infatti, sulla base dei criteri del Vangelo che dobbiamo giudicare le cose di questo mondo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Grécia - Parte 1

Ontem, concluímos as postagens dedicadas à Turquia. Para você que já acompanha esse blog há um bom tempo, lembro que a visão geral de todos os lugares visitados naquele país, você terá somente se ler, além dessas últimas postagens, também aquelas intituladas "Especial Apóstolo Paulo" (partes 1, 2, 3 e 9, todas no mês de setembro: ver arquivo do blog). Hoje, inicio as postagens dedicadas à Grécia: serão apenas três. Da mesma forma que para a Turquia, se você quiser ter uma visão geral de todos os lugares visitados na Grécia, deverá ler também as partes 5, 6, 7 e 8 daquelas dedicadas ao Apóstolo Paulo.


Kalampaka

Kalampaka é uma pequena cidade que fica a 352 km de Atenas. É famosa por ser ponto obrigatório de parada para aqueles que desejam visitar a região conhecida como Meteora, formada por altos penhascos, sobre os quais estão construídos imensos mosteiros, tombados pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade. Construída bem aos pés dos montes, Kalampaka possui apenas 15.000 habitantes e é um ótimo lugar para quem gosta de sossego e deseja realizar uma viagem de turismo pelo interior da Grécia (sobretudo para os interessados, aviso que a cidade é conhecida por sua maravilhosa cozinha, repleta de pratos típicos realmente muito bons!...)

Região de Meteora

O que faz de Meteoria uma região famosa, além da beleza natural formada por montes rochosos, são os mosteiros erguidos no cume das montanhas onde, até hoje, vivem monges que ali encontram o lugar apropriado para uma vida retirada e dedicada à oração.

De acordo com estudos, os primeiros eremitas que buscavam a solidão no alto das montanhas chegaram à região já na segunda metade do primeiro milênio. Cada mosteiro, dos que resistiram aos inúmeros acontecimentos que vitimaram aquela região, conta uma história milenar toda particular. Naqueles lugares, centenas de vidas buscaram a Deus, orando não só pela própria salvação, mas pela do mundo inteiro. Naqueles ambientes, sente-se a presença de Deus que falou e continua falando à vida de todos que o procuram de coração sincero.

Com afeto salesiano
Pe. Mauricio Miranda.


Região Meteora



Região Meteora


Região Meteora



Região Meteora



Bandeira grega à entrada do Mosteiro da Transfiguração



Entrada ao Mosteiro da Transfiguração, feita por uma longa escada que vai acompanhando a encosta da montanha. Ao longo de todo o longo trajeto, se tem uma maravilhosa vista de toda a região.



Jardim do Mosteiro da Transfiguração. Uma das maiores riquezas dos mosteiros são suas capelas, todas repletas de ícones da arte bizantina, datados do início do segundo milênio da era cristã. Porém, dada a sacralidade do local, bem como seu valor histórico-artístico, é terminantemente proibido fotografá-los.



Mosteiro da Transfiguração (detalhe de um dos locais dedicados à oração e ao descanso). Os olhos realmente se maravilham diante da vista privilegiada que se tem de toda a região a partir de locais como esse. Além disso, o profundo silêncio que envolve essas colinas grita ao coração de cada um...


Mosteiro da Santíssima Trindade


Jardim de um dos mosteiros visitados. Essa parte da casa é construída bem junto à encosta, de modo que do gramado se pode ver o precipício: é simplesmente fantástico!


Da foto se pode ter a idéia da altura do local. Ao fundo, se avista a pequena cidade de Kalampaka.



Eis a foto que alguns me perguntam a origem (rs). Essa é uma fonte no alto das montanhas, propriedade de um dos mosteiros que visitamos. Pedi, nesse dia, a graça de beber das fontes do Senhor. Pedi por você também... Deus te abençoe!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um amigo de Deus (15.10.2008)


"Quem tem Jesus Cristo como um amigo e segue um mestre assim tão nobre, certamente poderá suportar todas as coisas. Jesus, de fato, nos ajuda e nos dá força, nunca nos decepciona e nos ama do fundo do coração.

Meditando sobre sua vida, não encontraremos modelo mais perfeito que ele. O que queremos mais, quando nós estamos ao lado de tão grande amigo que nunca nos abandona nos momentos difíceis, como fazem tantos outros "amigos"?

Bendito é aquele que realmente o ama e o traz sempre consigo! Lembremo-nos do apóstolo Paulo que não escolheu outra coisa a não ser manter o nome de Jesus nos lábios; e isso, porque ele já o tinha fixado no próprio coração. Assim o fizeram tantos outros santos também. Temos de percorrer essa estrada com muita liberdade, nos abandonando nas mãos de Deus. Se ele deseja nos elevar entre aqueles que são grandes no Céu (os santos), eu aceito com alegria esta graça!

Toda vez que pensamos em Cristo, lembremos do amor que o levou a nos conceder tantas graças... De fato, amor com amor se paga. Por isso, nos esforcemos por reconhecer essa verdade e procuremos amá-lo cada vez mais. Se o Senhor nos conceder a graça de imprimir de uma vez por todas esse amor no nosso coração, tudo se tornará mais fácil e alcançaremos nosso objetivo, de modo rápido e sem muito esforço."

Santa Teresa D'Ávila
(*1515 +1582)

Turquia - Conclusão

Istambul

Concluímos as postagens sobre a Turquia com um pequeno aceno a Istambul. Apesar da capital do país ser Ancara, Istambul é, sem sombra de dúvida, a maior e principal cidade da Turquia (segundo censo de 2005, conta com mais de 11 milhões de habitantes em toda a região metropolitana). A importância dessa cidade se fundamenta não só em sua atividade econômica, o que faz dela a mais bem sucedida de todas as cidades turcas, mas sobretudo, na sua relevância histórica, não somente apenas para a Turquia, mas para todo o mundo. As zonas históricas de Istambul foram declaradas patrimônio da humanidade pela UNESCO em 1985.

A cidade foi fundada por colonos gregos por volta do século VII a.C., sendo então chamada de Bizâncio, nome pelo qual ela será conhecida por cerca de 800 anos, até 330 d.C., aproximadamente. Bizâncio foi sempre palco de inúmeras disputas políticas dada sua posição altamente estratégica para todo o mundo conhecido de então.

Em 330 d.C., Bizâncio foi transformada em capital do Império Romano do Oriente (conhecido por Império Bizantino), passando a se chamar Constantinopla, em homenagem ao Imperador Constantino. Em Constantinopla, aconteceram três importantes grandes concílios da História da Igreja (381 d.C., 553 d.C. e em 681 d.C.), todos com o objetivo de combater poderosas heresias que ameaçavam deturpar a fé cristã. A queda de Constantinopla (1453) se deu pela conquista da região pelos turcos, inaugurando uma nova era na história: o Império Otomano (1299-1922)

A cidade, por fim, só receberá oficialmente o nome de Istambul, alguns anos depois da queda do Império Otomano, já na atual República Turca (1930). Abaixo, seguem fotos de alguns lugares que visitamos nessa belíssima cidade.


Centro de Istambul (à direita, uma mesquista; como essa, podem ser vistas milhares por toda a Turquia).


Muralha que circundava a cidade, data da época do Império Turco Otomano



Entrada do Palácio Real Topkapi. Sede do Imperador, hoje o local é aberto aos turistas.



Detalhes do interior do Palácio (fotos acima e abaixo)







Mesquita Azul (atualmente, transformada em local de visitação para turistas)


Detalhe do interior da Mesquista Azul (cúpulas)


À saída da Mesquita Azul, se depara com a Igreja de Santa Sofia: a princípio, templo católico erguido pelo Imperador romano Justiniano e consagrado à Sabedoria de Deus (Sofia); posteriormente, após a invação turca, transformada em Mesquita. Atualmente, apresenta-se como museu que, apesar do estado de má conservação, ainda oferece afrescos católicos como muçulmanos.

Detalhe do interior da Igreja de Santa Sofia

Mosaico bizantino de Cristo, Rei e Senhor do Universo (interior da Igreja de Santa Sofia)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Turquia - Parte 7

Dedico a penúltima postagem sobre a viagem que fiz à Turquia para falar de uma rápida visita às ruínas da cidade de Tróia. O local estava próximo à nossa rota de estudos. Por isso, "esticamos" nossa viagem para conhecer um pouco do vasto universo da mitologia grega.

O pouco que pretendo falar nessa postagem carece de pesquisa mais séria. Como sabem aqueles que acompanham esse blog, minha área de estudos é bem diversa dessa sobre a qual falaremos. Partilharei apenas informações colhidas em alguns livros com os quais tive contato. Se você, leitor, conhece melhor o assunto, pode acrescentar ou mesmo corrigir alguma informação, deixando um comentário ao fim da postagem.

Afinal de contas, o que é lenda e o que é verdade sobre tudo o que se diz dessa famosa cidade? Até onde pude me informar, pouca coisa ou quase nada se sabe com segurança sobre Tróia e sua história. O que se conhece é a famosa obra Ilíada, poema épico grego atribuído a Homero, que narra os acontecimentos dos últimos tempos da Guerra, ao final da qual, Tróia é conquistada pelo uso do Cavalo de Tróia.

Mas quem foi Homero? A resposta também parece ser incerta: teria sido um poeta grego do século VIII a.C., cujos escritos são considerados a mais antiga obra ocidental conservada até os dias de hoje. São a ele atribuídas as famosas obras de Ilíada e Odisséia, ainda que pairam muitas discussões sobre a verdadeira autoria de algumas partes delas.

Ilíada influenciou fortemente a cultura clássica, sendo considerada o marco inicial de toda a literatura ocidental e, por isso mesmo, uma das mais importantes obras literárias do mundo. O escrito trata da ira de Aquiles (semi-deus da mitologia grega, considerado o mais valente guerreiro que já existiu) causada por uma disputa com Agamenon, comandante dos exércitos gregos em Tróia.

Ainda que os gregos antigos acreditassem na veracidade histórica da guerra de Tróia, estudos modernos colocam em dúvida até mesmo a existência da cidade. Alguns defendem que Tróia e toda sua empolgante história seja realmente uma criação lendária. O sítio arqueológico, na região da Anatólia, na Turquia, é fruto de escavações do século XIX que revelaram várias cidades construídas, uma em sucessão a outra, ao longo de muitos anos. Uma das cidades arqueológicas (conhecida por Tróia VII) corresponderia ao ambiente narrado na obra de Homero.

Abaixo, seguem algumas poucas fotos das ruínas. A gente se vê amanhã, quando por fim, falaremos da cidade de Istambul e sua importância para toda a História.

Com afeto salesiano
Pe. Mauricio Miranda.


Entrada das ruínas de Tróia

A parte mais antiga de todas as escavações. Essas ruínas remontam a mais de dois mil anos de história...

Monumento ao Cavalo de Tróia, capítulo fundamental na conquista da cidade, conforme se lê na obra de Homero.

domingo, 12 de outubro de 2008

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida - Ano A - 2008


Evangelho (João 2,1-11)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 1 houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava presente. 2 Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3 Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho". 4 Jesus respondeu-lhe: "Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou". 5 Sua mãe disse aos que estavam servindo: "Fazei o que ele vos disser". 6 Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7 Jesus disse aos que estavam servindo: "Enchei as talhas de água". Encheram-nas até a boca. 8 Jesus disse: "Agora tirai e levai ao mestre-sala". E eles levaram. 9 O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10 O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: "Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!"11 Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



A Igreja no Brasil celebra, hoje, a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. Estou, mesmo de longe, em comunhão com todos os que amam a Virgem Maria, aparecida entre as águas do Paraíba, e que confiam o Brasil a sua proteção materna.

Acompanhamos, na festa de nossa Padroeira, a narração do momento no qual Jesus e seus discípulos - dentre eles, sua Mãe - participavam da festa de um casamento em Caná, cidade da região da Galiléia. O autor do texto parece tentar chamar a atenção do leitor, logo no primeiro versículo do relato, à presença de Maria naquela festa: "...houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava presente." (Jo 2,1)

E qual poderá ser a intenção do escritor? Certamente a de apresentar a Santíssima Mãe do Salvador como modelo a ser seguido por todo aquele que deseja se tornar um verdadeiro discípulo do Senhor. E, nesse sentido, parece ser o versículo 5, o ponto central de toda a narração: "sua mãe disse aos que serviam: 'Fazei tudo o que ele vos disser'." (Jo 2,5)

De fato, só podemos ser considerados discípulos do Senhor quando exercitamos a docilidade de um coração que está pronto a obedecer sempre, em toda e qualquer situação. É somente a obediência por amor que abre caminho à ação do Senhor.

E não só! A obediência não somente abre possibilidade para a manifestação dos sinais do Senhor, como realmente faz milagres. Parece-nos, pelo relato do Evangelho, que a ação de Jesus vai se situar num nível muito além do pretendido por Maria. Ela apenas lhe diz que o vinho havia acabado. Mas é a atitude de docilidade de sua Mãe que lhe dá condições de, transformando a água em vinho, inaugurar o início da manifestação de sua glória a fim de que os discípulos cressem. Veja quanta coisa não permite Deus fazer um coração que sabe ser dócil!

A Santa Mãe de Deus continua ensinando os discípulos de hoje, a serem dóceis a seu Senhor: "sua mãe disse aos que serviam: 'Fazei tudo o que ele vos disser'." É assim que queremos aprender a servir! É Maria quem continua nos ensinando a termos os olhos fixos n'Ele, a procurar estarmos atentos a sua santa vontade, servindo-o com sempre maior docilidade.

Coloquemo-nos na escola de Maria! Convidemos toda a nação brasileira a realizar o mesmo! Levantemos um povo que, junto de Maria, sabe verdadeiramente o que significa ser discípulo de Cristo.

Viva a Mãe de Deus e nossa! Boa festa a todos os brasileiros!


Com afeto salesiano

Pe. Mauricio Miranda.

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In Italia, 28ª Domenica del Tempo Ordinario:

Is 25, 6-10a / Sl 22(23) / Fl 4,12-14.19-20 / Mt 22, 1-14

In questa domenica Gesù continua il dialogo con i capi dei sacerdoti e i farisei sulll'accoglienza all'invito che il Padre fa a tutti gli uomini per mezzo del Figlio: partecipare alla comunione con Dio. Questa volta, Gesù paragona il regno dei cieli a un re che fece una festa di nozze per suo figlio. Infatti, le nozze sono il simbolo della gioiosa e definitiva comunione di Dio con il suo popolo, comunione che trova nel suo Unico Figlio, il suo picco.

Davanti al rifiuto di coloro che erano stati invitati, il re invia i suoi servi ai crocicchi delle strade per chiamare tutti quelli che trovereranno. In realtà, se fino adesso l'invito era stato indirizzatto al popolo di Israele, in Gesu l'ultimo invito è universale. Tutti noi siamo invitati alle nozze dell'Agnello di Dio! Non è un caso che nella sala del banchetto ci siano buoni e cattivi... Dio chiama tutti.

Però, la centralità di questa parabola sta nel fatto che tutti gli invitati devono avere l'abito nuziale in modo da essere preparati per la Festa. La chiamata di Dio è gratuita, ma è anche esigente. Questo significa che dobbiamo rivestirci con la fede che riconosce in Gesu il grande invito di Dio a tutti gli uomini e che, perciò, cerca di cambiare la propria vita come l'unico regalo degno di essere offerto al Signore. Che l'Eucaristia che ora celebriamo ci auti a trasformare la nostra vita. Così, giorno per giorno, ci prepariamo alla Festa senza fine che ci aspetta...

Buona settimana a tutti!