Na última postagem, nos recordamos da imagem de um artista que deixa suas marcas na obra que cria, para explicarmos porque está presente no coração humano um profundo desejo de Deus. Vimos também que realizar tal desejo é a único caminho para sermos felizes de verdade.
Hoje queremos falar de outra boa notícia. É que existem algumas "vias de acesso" que facilitam a busca que realizamos de Deus nessa vida. E para saber quais são, o princípio é o mesmo daquele aplicado ao artista. Como saber se tal obra-prima é realmente daquele grande pintor? Pelos "vestígios" que ele deixou na obra que fez...
Onde podemos encontrar os "vestígios" de Deus? Em primeiro lugar, no mundo. Sim, o mundo, obra de suas mãos! Quem diante da beleza da natureza (a imensidão do mar, a paisagem do alto de uma montanha, o nascer ou pôr do sol, por exemplo), não concluiu ser impossível que um cenário tão pleno de ordem e harmonia possa ser apenas produto de um "big-bang" inicial, mas, no fundo, é reflexo de amor de Deus Criador? (cf. Rm 1, 19-20) Além disso, quem de nós não se maravilhou diante da beleza do mistério que se esconde em cada pessoa humana e que ciência alguma é capaz de conhecê-lo em sua totalidade?
Na verdade, tanto o mundo como o ser humano manifestam que não possuem seu princípio e seu fim em si mesmos, ou seja, a beleza e grandeza que revelam nos permitem admitir que não eles são produtos do acaso, mas devem sua origem à Alguém que lhes é superior, ao mesmo tempo em que encontraram seu sentido de ser no mesmo Alguém que lhes deu a origem.
Estamos chamando Deus de "Alguém", justamente para deixar claro que somos capazes, pela nossa própria capacidade em reconhecer seus vestígios, de reconhecer a existência de um Deus absolutamente pessoal. Deus não é uma energia ou uma espécie de força cósmica, mas é uma pessoa, um ser que ama e que manifesta seu amor em tudo aquilo que criou!
No dia de hoje, deixemos que o Amor nos contemple!
Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.
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