terça-feira, 8 de julho de 2008

Oxford - Parte 1

Esses poucos dias vividos por aqui já têm valido a pena. Em primeiro lugar pela oportunidade, oferecida pela Escola de Idiomas, de me encontrar com pessoas de diversas partes do mundo. Em segundo lugar, pelo fato de conhecer essa interessante cidade inglesa e a vida de seus habitantes. Num tempo em que, em muitas partes, assistimos o avanço da intolerância entre os povos, o contato com tantas culturas diversas nos faz descobrir que o mundo é bem maior do que o concebemos e que o “diferente de nós” pode nos ajudar em muito a compreender o verdadeiro sentido da vida sobre essa terra.

No contato com tanta gente diferente, Deus acaba tomando, para mim, feições ainda mais diversas... Na tentativa de aprender uma nova língua, acabo confirmando que existem formas de comunicação que são universalmente compreendidas: um sorriso, um olhar de perdão, uma boa gargalhada... Enfim, acho que isso seja a tradução concreta do que os livros chamam de “a linguagem do amor”. Louvo a Deus por descobrir essas coisas aqui! Quero, ao longo dessas postagens, partilhá-las com você que me acompanha por esse blog!

No entanto, dedicarei essa postagem de hoje para algumas informações anteriores à Oxford. Não tenho a intenção (nem a competência!) de transformar essa postagem numa espécie de aula de geografia ou coisa parecida, mas creio ser interessante aprendermos um pouco mais (ou simplesmente recordarmos) aquilo que faz um povo ser diferente do outro: a sua história e os seus valores.

United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland
(Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte)



O Reino Unido é formado pela Grã-Bretanha e pelo nordeste da ilha da Irlanda, sendo limitado ao norte pelo Oceano Atlântico, a oeste pelo mesmo oceano e pela República da Irlanda, a leste pelo Mar do Norte e ao sul pelo Canal da Mancha (que o separa do restante da Europa). É constituído por quatro nações: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, além de territórios que não pertencem a nenhuma dessas nações e de várias possessões espalhadas pelo mundo (territórios britânicos ultramarinos).

A história do chamado “Reino Unido” começa, em 1707, com os Atos de União que agregaram o Parlamento da Inglaterra ao da Escócia, criando o Reino da Grã-Bretanha. Em 1800, os Atos de União reuniram a Grã-Bretanha ao Reino da Irlanda. No entanto, em 1922, com a independência do Estado Livre Irlandês (atual República da Irlanda), somente a Irlanda do Norte permaneceu sob jurisdição do Reino Unido. Daí o nome oficial com o qual iniciamos esse tópico: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”.

O Reino Unido é uma monarquia parlamentarista. O atual monarca e chefe de estado é a rainha Elisabeth II que reina desde 1953. O poder legislativo é formado por um governo eleito e o poder executivo se traduz num Conselho de Ministros liderado pelo primeiro-ministro (função atualmente exercida por Gordon Brown). Embora o primeiro-ministro exerça o poder em nome do monarca, ele deve prestar contas ao Parlamento Britânico (Parlamento de Wesminster).

Com uma área de apenas 244.820 km2, o Reino Unido possui mais de 60 milhões de habitantes, configurando-se como umas das mais potentes economias do mundo, exercendo sua influência em várias instâncias no cenário internacional, sobretudo nas esferas econômica e política.

A Inglaterra

Ocupando uma área de 130.439 km², a Inglaterra possui uma população de cerca de 50 milhões de habitantes, sendo o mais populoso país do Reino Unido. Ocupa dois terços de toda a Grã-Bretanha, tendo limite ao norte com a Escócia e a oeste com o País de Gales. Suas principais cidades são Londres, Birmingham, Liverpool, Leedes e Sheffiel. Londres, a capital, é a maior área urbana de toda o Reino Unido e uma das maiores de toda a União Européia.

Sua formação como estado é historicamente admitida entre os séculos VII e IX. O anglicanismo é a religião oficial, tendo no Monarca sua autoridade suprema e no Arcebispo de Canterbury, seu líder espiritual. Foi o berço da Revolução Industrial, configurando-se como a mais antiga democracia parlamentar do mundo. Ainda hoje, exerce forte influência política, econômica e cultural sobre diversas regiões e países do mundo.

Do ponto de vista administrativo, a Inglaterra sempre foi divida em condados. Atualmente, existem quatro tipos de subdivisões: as regiões, os condados, os distritos e as paróquias.




O Condado de Oxfordshire

Oxfordshire é um dos condados ingleses que se situa no sudeste do país. Abrange uma área de cerca de 2.605 km2, contando com uma população estimada em quase 630 mil habitantes. O condado é formado por outros cinco distritos, dos quais o primeiro é o de Oxford, sua sede administrativa.

A cidade de Oxford

Situada às margens do Rio Tâmisa, Oxford conta com uma população de quase 140 mil habitantes e é mundialmente conhecida por sua importante e tradicional universidade. Por mais de oitocentos anos, Oxford foi lar da realeza e dos mais importantes estudiosos de todas as épocas. Considerada uma das cinco melhores universidades do mundo, Oxford University é a mais antiga das universidades de língua inglesa, dividindo sua fama com sua famosa e eterna rival, Cambridge University.

Oxford foi berço de importantes obras da literatura mundial como “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll e “O Senhor dos Anéis” de J.R.R. Tolkien entre muitas outras.

Primeiras impressões...

Em uma semana em Oxford, as primeiras impressões que tenho são todas muito positivas. A cidade realmente é muito bonita e interessante. Como toda cidade universitária, Oxford possui milhares de jovens e abriga diversas culturas que parecem conviver de modo harmonioso. O estilo que predomina na cidade é o clássico, já que é uma cidade muito tradicional; nota-se isso na bela arquitetura, mas também no comportamento do povo em geral.

Por aqui tudo é muito organizado e limpo. Realmente, não se tem dúvida alguma de que se está no dito “primeiro mundo”. O senso de organização dos habitantes é realmente impressionante, ficando muito claro reconhecer quem é daqui ou quem está apenas de passagem...

Como toda a cidade grande, Oxford também tem seus problemas. Vou conhecendo-os aos poucos, não porque sejam muito visíveis, mas acabo descobrindo-os nas conversas com os que moram por aqui. No entanto, tais problemas não são nada se comparados com os nossos no Brasil... Aquilo que eles consideram grandes problemas, seriam para nós soluções... Como era de esperar, por exemplo, não se vê pobreza por aqui (nenhuma mesmo!) e, exatamente por isso, não possuem dificuldades com violência ou coisa do gênero. Nota-se o reflexo disso nas casas que possuem quintais abertos onde se pode entrar e sair com grande facilidade... Ainda ontem conversando com uma pessoa daqui, ela me dizia que um dos grandes problemas de Oxford é o tráfico de drogas (problema, aliás, no mundo inteiro...!)

Muitos me perguntam se os ingleses são receptivos. Posso responder que sim. À primeira vista, parecem mesmo distantes, mas é só uma primeira impressão... São abertos aos visitantes e costumam ser muito pacientes com quem não sabe o inglês. Em geral, são muito finos no trato do dia-a-dia. Digo isso, ao menos, a partir de minha experiência em Oxford. Dizem que em Londres a coisa não é tão boa assim... (hehe)

Por enquanto, ainda não tenho as fotos de Oxford para postar por aqui (é, eu sei que já tem gente pedindo...rs). Meu primeiro final de semana por aqui foi “regado” à chuva! (rs), mas creio que a partir da semana que vem, já poderei partilhar com vocês aquilo que de bom estou vendo por aqui. Aproveitarei, na ocasião, para dedicar então um tópico somente para a Universidade de Oxford que é, na verdade, o diferencial da cidade.

Fico por aqui...
Já, já... entrarei em aula... Vamos ver se entendo o que esse povo fala... (rsrs)

Com afeto salesiano
P. Mauricio Miranda.

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