Enquanto acompanhamos pela oração todos os acontecimentos desses dias em Sidnei, vamos pelo blog avançando na reflexão proposta pelo papa Bento XVI, aos jovens do mundo inteiro, como preparação para a 23ª edição da Jornada Mundial da Juventude. Na postagem anterior, vimos que uma das três grandes finalidades do grande caminho preparatório à JMJ 2008, realizado pela Igreja nos dois últimos anos, era a de “reconhecer a verdadeira identidade do Espírito, em primeiro lugar ouvindo a Palavra de Deus na Revelação da Bíblia”.
Que significa “reconhecer a verdadeira identidade do Espírito”? É, em outras palavras, conhecer (até onde isso for possível para nossa natureza limitada) a realidade de Deus. É impressionante a audácia com que nosso jovem Papa convida os jovens do mundo inteiro a conhecerem a Deus! Usa para mostrar que não se trata de um conhecimento qualquer ou superficial, duas palavras muito expressivas: verdadeira identidade. Verdadeira identidade significa aquilo que, de fato, Deus é em si mesmo!
E como nós podemos conhecer a Deus nessa profundidade? Em primeiro lugar, por um dos caminhos por meio do qual Ele mesmo quis se revelar a nós: a Sagrada Escritura. Por isso, em sua mensagem preparatória, o Papa Bento XVI faz uma breve reflexão sobre a revelação da pessoa do Espírito Santo na Sagrada Escritura. Se me permitem, transcrevo abaixo, o texto na íntegra, já que o considero claro por si mesmo. Convido você a lê-lo e a relê-lo: é um verdadeiro tesouro! Que o Espírito Santo nos auxilie, pela meditação das Escrituras, a conhecer a sua verdadeira identidade!
A gente se vê amanhã!
Com afeto salesiano
P. Mauricio Miranda.
Que significa “reconhecer a verdadeira identidade do Espírito”? É, em outras palavras, conhecer (até onde isso for possível para nossa natureza limitada) a realidade de Deus. É impressionante a audácia com que nosso jovem Papa convida os jovens do mundo inteiro a conhecerem a Deus! Usa para mostrar que não se trata de um conhecimento qualquer ou superficial, duas palavras muito expressivas: verdadeira identidade. Verdadeira identidade significa aquilo que, de fato, Deus é em si mesmo!
E como nós podemos conhecer a Deus nessa profundidade? Em primeiro lugar, por um dos caminhos por meio do qual Ele mesmo quis se revelar a nós: a Sagrada Escritura. Por isso, em sua mensagem preparatória, o Papa Bento XVI faz uma breve reflexão sobre a revelação da pessoa do Espírito Santo na Sagrada Escritura. Se me permitem, transcrevo abaixo, o texto na íntegra, já que o considero claro por si mesmo. Convido você a lê-lo e a relê-lo: é um verdadeiro tesouro! Que o Espírito Santo nos auxilie, pela meditação das Escrituras, a conhecer a sua verdadeira identidade!
A gente se vê amanhã!
Com afeto salesiano
P. Mauricio Miranda.
A promessa do Espírito Santo na Bíblia
A escuta atenta da Palavra de Deus a respeito do mistério e da obra do Espírito Santo nos introduz em conhecimentos vastos e estimulantes, que resumo nos seguintes pontos.
Pouco antes da sua ascensão, Jesus disse aos discípulos: "Eu vou mandar sobre vós o que meu Pai prometeu" (Lc 24, 49). Isto se realizou no dia do Pentecostes, quando eles estavam reunidos em oração no Cenáculo com a Virgem Maria. A efusão do Espírito Santo na Igreja nascente foi o cumprimento de uma promessa de Deus, muito mais antiga, anunciada e preparada em todo o Antigo Testamento.
De fato, desde as primeiras páginas, a Bíblia evoca o espírito de Deus como um sopro que "se movia sobre a superfície das águas" (cf. Gn 1, 2) e explica que Deus insuflou pelas narinas do homem um sopro de vida (cf. Gn 2, 7), infundindo-lhe assim a própria vida. Depois do pecado original, o Espírito vivificador de Deus se manifestará diversas vezes na história dos homens, suscitando profetas para levar o povo eleito a voltar para Deus e a observar fielmente os seus mandamentos. Na célebre visão do profeta Ezequiel, Deus faz reviver com o seu Espírito o povo de Israel, representado por "ossos dissecados" (cf. Ez 37, 1-14). Joel profetiza uma "efusão do espírito" sobre todo o povo, sem excluir ninguém: "Depois disto - escreve o Autor sagrado - acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne... Naqueles dias, derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas" (Joel 3, 1-2).
Na "plenitude dos tempos" (cf. Gl 4, 4), o anjo do Senhor anuncia à Virgem de Nazaré que o Espírito Santo, o "poder do Altíssimo", descerá e estenderá sobre Ela a sua sombra. Aquele que Ela dará à luz será, portanto, santo e chamado Filho de Deus (cf. Lc 1, 35). Segundo a expressão do profeta Isaías, o Messias será Aquele sobre o qual se repousará o Espírito do Senhor (cf. Is 11, 1-2; 42, 1). Jesus retomou precisamente esta profecia no início do seu ministério público na sinagoga de Nazaré: "O Espírito do Senhor - disse Ele, no meio da admiração dos presentes - está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, o recobrar da vista; para mandar em liberdade os oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor" (Lc 4, 18-19; cf. Is 61, 1-2). Dirigindo-se aos presentes, referirá a si mesmo estas palavras proféticas, afirmando: "Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabastes de ouvir" (Lc 4, 21). E antes da sua morte na cruz, ainda anunciará várias vezes aos discípulos a vinda do Espírito Santo, o "Consolador", cuja missão consistirá em dar-lhe testemunho e ajudar os fiéis, ensinando-os e orientando-os para a Verdade plena (cf. Jo 14, 16-17.25-26; 15, 26; 16, 13).
O Pentecostes, ponto de partida da missão da Igreja
À noite, no dia da sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos, "soprou sobre eles e disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo’ " (Jo 20, 22). Com força ainda maior, o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos no dia do Pentecostes: "Subitamente ressoou, vindo do Céu - assim se lê nos Atos dos Apóstolos - um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram, então, aparecer umas línguas de fogo, que se iam dividindo, e pousou sobre cada um deles" (Atos 2, 2-3).
O Espírito Santo renovou interiormente os Apóstolos, revestindo-os de uma força que os tornou corajosos para anunciar sem medo: "Cristo morreu e ressuscitou!". Livres de todo o temor, eles começaram a falar com franqueza (cf. At 2, 29; 4, 13; 4, 29.31). De pescadores amedrontados, tornaram-se corajosos anunciadores do Evangelho. Nem sequer os seus inimigos conseguiam compreender como homens "iletrados e plebeus" (cf. At 4, 13) eram capazes de manifestar uma coragem como esta e suportar as contrariedades, os sofrimentos e as perseguições com alegria. Nada podia detê-los. Para aqueles que procuravam reduzi-los ao silêncio, respondiam: "Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar publicamente o que vimos e ouvimos" (At 4, 20). Assim nasceu a Igreja, que a partir do dia do Pentecostes não cessou de irradiar a Boa Nova "até aos confins do mundo" (At 1, 8).
(trecho extraido da mensagem de Bento XVI aos jovens, aos 20.07.2007)
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