quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A participação do jovem

Gostaria de saber como faço para que os jovens possam celebrar de fato a missa. Pois as pessoas mais velhas da comunidade reclamam que os jovens não participam...
(Fernandes, São Paulo)

Caro Fernandes,
Obrigado pela visita ao blog e pela pergunta!

A resposta à sua questão contempla uma dimensão subjetiva e outra objetiva que merecem ser consideradas. Primeiramente, é difícil mensurar quando uma pessoa participa "de fato" ou não de uma Celebração Eucarística, já que só Deus é capaz de sondar os corações. Objetivamente, no entanto, podemos colaborar para que as pessoas celebrem de maneira mais ativa e efetiva a fé que professam.

Penso que uma coisa importante a se fazer é a promoção uma boa catequese sobre a natureza e finalidade da Santa Missa. Para os jovens, momentos de formação como esse podem ser realizados durante mesmo as reuniões do grupo; isso se o jovem já não participa de grupo específicos de preparação aos Sacramentos, onde seria o local ais adequado para tanto. O fato é que quanto mais crescemos na consciência do que celebramos, tanto mais aprenderemos a colocar o coração e a vida nisso!


Depois desse passo fundamental, outra opção interessante é convidar o jovem para exercer funções específicas em torno da celebração. Por sua natureza, a Santa Missa - bem como todas as celebrações litúrgicas em geral - requer a participação ativa e efetiva de todos e cada um dos fiéis. Que tal envolver os jovens na dinâmica do "antes-durante-depois"? Isso implica motivá-lo a contribuir com os preparativos da celebração, exercer funções durante a realização da mesma, de modo que tudo lhe favoreça a compreensão de que o momento celebrativo não termina com a bênção final, mas se prolonga numa vida que procura traduzir em atos de vida tudo aquilo que se celebra.

Em relação aos comentários das "pessoas mais velhas da comunidade", é preciso considerar duas coisas importantes: 1) perguntar o que tais pessoas compreendem por "participar de fato" da Santa Missa é fundamental para entender que tipo de "cobrança" pretendem fazer; 2) considerar se tais pessoas entendem o universo juvenil a ponto de compreenderem alguns posicionamentos ou reações da juventude durante os momentos de celebração. Em suma, você precisará promover o diálogo entre os vários grupos de sua comunidade com a presença juvenil, da qual me parece ser você um animador.

Para tanto, não existem receitas prontas. Porém, de uma coisa temos certeza: a Igreja se tornará mais jovem somente quando o jovem se tornar Igreja! E por isso não desanimamos de nossa missão: colaborar com a ação de Deus que, amando os jovens, os convoca a serem sinais do seu amor à vida de tantos outros.

Um abração, meu amigo!

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.
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