17º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 2009
Evangelho (João 6,1-15)
— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 1 Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. 4 Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5 Levantando o olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6 Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7 Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8 Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9 “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente?” 10 Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11 Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12 Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13 Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14 Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15 Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
O trecho do Evangelho que acabamos de ouvir do Senhor é de uma atualidade incomparável! Para melhor ser compreendido, deve ser lido em conjunto com as demais leituras da Santa Missa desse 17º Domingo do Tempo Comum (2 Reis 4, 42-44; Sl 144; Ef 4, 1-6).
O mundo inteiro assiste a uma crise financeira sem precedentes que revela de modo cada vez mais explícito as conseqüências de uma lógica que domina as relações interpessoais: a do egoísmo daqueles que, pensando apenas em si, procuram tirar vantagens de todas as situações. Na verdade, o egoísmo humano atinge não somente a esfera financeira (apesar dessa ser a mais comentada nos últimos tempos...), mas todas as dimensões da vida humana.
O salmista proclama a providência de Deus que "sacia todo ser vivo com fartura" (Sl 144, 16). Porém, em toda a obra que Ele faz, Deus prefere contar com a colaboração humana. É assim que, com os "pães dos primeiros frutos da terra" (2 Reis 4, 42), oferecidos pelo homem de Baal-Salisa a Eliseu, mais de cem pessoas são saciadas. A obra é de Deus, mas o Senhor quis contar com o fruto do trabalho humano.
Jesus retoma esse ensinamento para levá-lo à plenitude. No trecho do Evangelho que lemos, não é mais um homem que oferece as primícias de seu trabalho. Deus, com a oferta de um menino que trazia consigo alguns pães e poucos peixes, sacia uma multidão de mais de cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças! É tão expressiva a figura do menino que, aparentemente, não tinha nada a oferecer, quanto a dos doze cestos que sobraram, em alusão às doze tribos de Israel!
Deus continua querendo contar comigo e com você! Ofereçamos a Ele o melhor de nossas vidas, em todos os aspectos, e testemunhemos as maravilhas que Ele opera em favor de todos quando aprendemos a ser generosos!
Deus abençoe a sua entrega!
Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.
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