domingo, 30 de agosto de 2009

22º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 2009

Evangelho (Marcos 7,1-8.14-15.21-23)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1 os fariseus e alguns mestres da Lei vieram de Jerusalém e se reuniram em torno de Jesus. 2 Eles viam que alguns dos seus discípulos comiam o pão com as mãos impuras, isto é, sem as terem lavado. 3 Com efeito, os fariseus e todos os judeus só comem depois de lavar bem as mãos, seguindo a tradição recebida dos antigos. 4 Ao voltar da praça, eles não comem sem tomar banho. E seguem muitos outros costumes que receberam por tradição: a maneira certa de lavar copos, jarras e vasilhas de cobre. 5 Os fariseus e os mestres da Lei perguntaram então a Jesus: “Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos antigos, mas comem o pão sem lavar as mãos?”6 Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 7 De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos’. 8 Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. 14 Em seguida, Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai, todos, e compreendei: 15 o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. 21 Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, 22 adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. 23 Todas estas coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.

— Palavra da Salvação!
— Glória a Vós, Senhor!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Qual a maneira certa: assistir ou participar da Missa?
(Robson, 30 anos, São Paulo)

Caro Robson,

Obrigado pela visita ao blog e pela pergunta!

À medida em que compreendemos a natureza da Santa Missa, não restam dúvidas quanto ao modo como somos chamados a nos portar durante a celebração. Diante de tão grande manifestação de Deus que nos chama a participar de seu sacrifício pela redenção do mundo (cf. 1Cor 11, 23-26), não é possível permanecermos como meros espectadores. A única resposta coerente, portanto, é a de participarmos ativamente do mistério que celebramos.

Procure sempre participar da Missa. É o que ensina o mais importante documento da Igreja sobre o assunto. Abaixo, seguem algumas das muitas de suas citações:

" Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; por meio dela cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial, esperamos ter parte e comunhão com os Santos cuja memória veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como nossa vida e nós aparecermos com Ele na glória" (Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia, n. 08)

"Para assegurar esta eficácia plena, é necessário, porém, que os fiéis celebrem a Liturgia com retidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam, cooperem com a graça de Deus, não aconteça de a receberem em vão. Por conseguinte, devem os pastores de almas vigiar para que não só se observem, na ação litúrgica, as leis que regulam a celebração válida e lícita, mas também que os fiéis participem nela consciente, ativa e frutuosamente." (SC 11)

"Para fomentar a participação ativa, promovam-se as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes corporais. Não deve deixar de observar-se, a seu tempo, um silêncio sagrado." (SC 30)

"É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos." (Sc 48)

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Qual a função do Diácono e dos coroinhas?

Qual a função do Diácono e dos coroinhas na celebração?
(Fábio, 28 anos, São Paulo)

Caro Fábio,

Obrigado pela visita ao blog e pela pergunta!

Antes de falarmos sobre a função do Diácono e dos coroinhas na celebração litúrgica, é importante compreendermos melhor a natureza de cada um desses ministérios.

O diaconado é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Por meio da graça sacramental, conferida pela imposição das mãos e oração de um Bispo, o fiel passa a fazer parte do clero, exercendo seu ministério a serviço de Deus e de sua Igreja, como direto colaborador do Bispo diocesano.

Quanto às funções que nascem da recepção desse grau do Sacramento da Ordem, podemos dizer que "é próprio do diácono, segundo for marcado pela competente autoridade, administrar solenemente o Batismo, guardar e distribuir a Eucaristia, assistir e abençoar o Matrimônio em nome da Igreja, levar o viático aos moribundos, ler aos fiéis a Sagrada Escritura, instruir e exortar o povo, presidir ao culto e à oração dos fiéis, administrar os sacramentais, dirigir os ritos do funeral e da sepultura". (Constituição Dogmática sobre a Igreja, Lumen Gentium, n. 29)

Em relação à natureza do ministério do coroinha, vale observar o que foi dito num importante documento emitido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, órgão ligado diretamente à Santa Sé: "é muito louvável que se conserve o benemérito costume de que crianças ou jovens, denominados normalmente assistentes (coroinhas), estejam presentes e realizem um serviço junto ao altar, similar aos acólitos, mas recebam uma catequese conveniente, adaptada à sua capacidade, sobre esta tarefa. Não se pode esquecer que do conjunto destas crianças, ao longo dos séculos, tem surgido um número considerável de ministros consagrados..." (Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 47)

Do entendimento de sua natureza, nasce o elenco das funções de um coroinha que se resume, por sua vez, na assistência ao presbítero durante a celebração litúrgica: nos lugares onde existem acólitos (ministros instituídos ou confiados ao serviço do Altar), os coroinhas acabam complementando a ação deles; onde tais ministros não estão presentes, na prática, os coroinhas acabam realizando suas funções.

Vale ainda dizer que embora o grupo de coroinhas tenha um cunho vocacional direcionado à vida presbiteral, o mesmo documento que acabei de citar (Redemptionis Sacramentaum) abre a possibilidade de que meninas sejam admitidas a esse serviço, desde que o Bispo diocesano assim as autorize.

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

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sábado, 22 de agosto de 2009

21º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 2009

Evangelho (Jo 6, 60-69)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 60 muitos dos discípulos de Jesus, que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62 E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63 O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64 Mas entre vós há alguns que não crêem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65 E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66 A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67 Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?”68 Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69 Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

— Palavra da Salvação!
— Glória a Vós, Senhor!



Nesse 21º Domingo do Tempo Comum, acompanhamos a conclusão do longo discurso sobre o Pão da Vida (Jo 6, 1-71). O trecho denuncia que muitos dos discípulos do Senhor se escandalizaram com aquilo que dele haviam acabado de ouvir: "a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6, 55-56)

A razão do escândalo vem do fato dos discípulos compreenderem que, ao separar "carne" e "sangue", Jesus estava se referindo a um verdadeiro sacrifício! E, de modo mais explícito, se referia ao sacrifício de si mesmo! De fato, Jesus falava do sacrifício redentor da Cruz! Mas não só. O que de fato, aterroriza os discípulos a ponto de querer abandoná-lo é o fato de Jesus afirmar que a condição para permanecer em comunhão com Ele era "comer e o beber de seu Corpo e Sangue", ou seja, aderir com a própria vida ao mesmo sacrifício, sacrificar-se com Ele...

Nesse instante, a missão de Jesus alcança seu momento mais decisivo: o seguimento de Jesus implica um amor tão radical por Ele que nos impele a nos assemelharmos a Ele, sobretudo, na entrega da própria vida por amor! Por isso mesmo, Jesus se volta aos Doze e lhes pergunta: "vós também vos quereis ir embora?" (Jo 6, 67). De fato, negar as exigências que o sacrifício da Cruz traz à vida do discípulo é, em outras palavras, negar o próprio Senhor.

Diante da realidade da Cruz, Pedro não exitou e exclamou: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna." (Jo 6, 68). E, realmente, foi derramando a sua vida em sacrifício, como o fez seu Senhor, que Pedro morreu...

Jesus segue fazendo a mesma pergunta a cada um de nós: "vós também vos quereis ir embora?". (Jo 6,67) Que a Eucaristia que celebramos nos dê a coragem de, a cada dia, responder sempre com a audácia de Pedro: "Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus." (Jo 6,69)

Com afeto salesiano,

Pe. Mauricio Miranda.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um amigo de Deus [14.08]

São Maximiliano Maria Kolbe

Maximiliano Maria Kolbe nasceu na Polônia no dia 8 de janeiro de 1894. Ainda adolescente, ingressou na Ordem dos Frades Menores Conventuais e foi ordenado sacerdote em Roma, no ano de 1918. Animado de filial piedade para com a Virgem Mãe de Deus, fundou uma confraria religiosa com o nome de "Milícia de Maria Imaculada", que se propagou de modo extraordinário tanto em sua pátria como em outras regiões. Chegando ao Japão como missionário, aplicou-se em difundir a fé cristã sob o auxílio e proteção da mesma Virgem Imaculada. Finalmente, regressando à Polônia, foi aprisionado nos campos de concentração nazistas. Tendo padecido terríveis atrocidades em Auschwitz, distrito de Cracóvia, consumou sua fecunda vida num holocausto de caridade, aceitando morrer no lugar de um pai de família, seu companheiro de prisão, aos 14 de agosto de 1941. João Paulo II o chamou de "patrono de nosso difícil século".



Ó Deus, inflamastes são Maximiliano Kolbe, presbítero e mártir, com amor à Virgem Imaculada e lhe destes grande zelo pastoral e dedicação ao próximo. Concedei-nos, por sua intercessão, que trabalhemos intensamente pela vossa glória no serviço do próximo, para que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho até a morte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A vocação fundamental

Agosto é conhecido como o “mês das vocações”. Ter um mês para aprofundar o assunto é realmente algo muito bom, mas traz consigo o risco de conceber o tema como uma espécie de “compartimento” da vida cristã, recordado apenas uma vez ao ano. A questão vocacional está, ao contrário, no fundamento de tudo.

Na criação do mundo, Deus manifesta sua predileção pela criatura humana: a cria a sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 16-27) e insufla-lhe nas narinas o hálito da vida (cf. Gn 2,7). A imagem do “hálito da vida” expressa a intimidade que o Criador quis estabelecer com sua criatura ao lhe comunicar a sua vida interior. Existe no ser humano algo que, de fato, o transcende, algo que é próprio de Deus, mas que lhe foi dado como ‘dom’.


A dignidade do ser humano (Cf. Gn 2,19) fica ainda mais evidente com a descrição da realidade do paraíso, experiência originária, onde o primeiro homem foi, então, fixado. Impressionante ali, por exemplo, a proximidade e intimidade do ser humano com seu Criador, manifestas na preparação de um jardim para ele (Gn 2,8), com toda sorte de frutos (cf. Gn 2,9), por meio do qual o próprio Senhor passeava a brisa do dia (cf. Gn 3,8)! Na verdade, tudo o que lemos no relato da criação do homem nos leva a reconhecer a sublime razão pela qual ele foi criado: para participar da vida de seu Criador. Eis a vocação de todos! Não há uma só pessoa que não tenha recebido esse chamado de Deus!

Porém, Deus não somente chama o homem a participar de sua vida, como também o ajuda na realização dessa vocação fundamental; permanece muito perto dele e acompanha-o neste processo que implica o esforço, livre e consciente, de conformar a própria existência à vida de Deus.

Nessa resposta que o homem é chamado a dar, a vivência cristã adquire um papel insubstituível. Em primeiro lugar porque esse processo encontra em Jesus Cristo, Deus que se fez homem (cf. Jo 1, 14), seu único caminho possível de realização (cf. Jo 14,6). É em Jesus que o humano e o divino se encontram de maneira plena e perfeita. Em segundo lugar porque se Jesus é o caminho que nos revela o mistério de Deus e nos faz compreender o mistério do ser humano, a Igreja, como comunidade dos batizados reunidos em nome de Cristo, é o local privilegiado onde isso acontece. O fiel “toca” o mistério de Deus e é por ele “tocado” por meio dos sacramentos da Igreja, dos quais a Eucaristia, presença real de Cristo, ocupa lugar privilegiado.

Entendido isso, aí sim podemos nos perguntar sobre as diversas maneiras de seguir Jesus em sua Igreja. É da realização da vocação fundamental de participar da vida de Deus que nascem as vocações específicas, ou seja, o modo pelo qual cada pessoa é chamada a responder, de acordo com suas aptidões e seu estilo de vida.

Que Deus abençoe nossa resposta!

Com afeto salesiano,
P. Mauricio Miranda.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Os escândalos na Igreja

Como mostrar aos jovens a riqueza da Igreja católica, se são veiculadas na imprensa notícias de consagrados
que dão falso testemunho?
(Max, 27 anos, São Paulo, SP)

Caro Max!

Obrigado pela visita ao blog e pela pergunta!

Pode parecer estranho, mas creio que a resposta que você procura possa ser encontrada na sua própria pergunta. Para tanto, é necessário aprofundar a compreensão acerca do mistério da Igreja. As Sagradas Escrituras abordam a realidade da Igreja fazendo uso de diversas imagens, dentre as quais, quero ressaltar a da Igreja enquanto povo de Deus. Na segunda carta de Pedro, encontramos uma das mais belas e profundas descrições de tão grande mistério da fé:

"Mas vocês são uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua particular propriedade, para que proclamem as maravilhas daquele que lhes chamou das trevas para sua luz admirável; vocês que não eram povo, mas agora são o povo de Deus, que não tinham alcançado misericórdia, mas agora a alcançaram." (2 Pedro 2,9)

A Igreja é o povo de Deus! Desse povo, fazem parte, todos os batizados. Tomando as expressões que você utilizou em sua pergunta, podemos afirmar que a "riqueza da Igreja" não pode ser medida tão somente pelo verdadeiro ou "falso testemunho" dos consagrados. Se consideramos a Igreja como povo de Deus, sua beleza está em cada batizado e na assembléia de todos eles! Nesse sentido, para mostrar ao jovem a "riqueza da Igreja", devemos levá-lo a descobrir-se Igreja também, como parte fundamental desse povo!

Mas a "riqueza da Igreja" vai para além do fato de constituir-se como um povo. Não é um povo como os outros. Somos uma raça eleita, nação santa e um povo de particular propriedade de Deus! Isso tudo porque, embora pecador, o povo de Deus é resgatado pelo sangue redentor de Cristo. Nisso sim está a nossa verdadeira riqueza!

E os contra-testemunhos noticiados pela imprensa? Bem, se não são notícias meramente sensacionalistas, construídas sobre mentiras e deturpações, devem ser levadas em consideração por contradizerem os princípios do Evangelho do qual somos anunciadores. No entanto, não podemos esquecer que o povo de Deus é santo e pecador; isso não significa dar asas a certo permissivismo (o pecado deve ser combatido com todas as nossas forças!), mas reconhecer que apesar de seu não merecimento, o povo de Deus é santo porque salvo pelos méritos de Cristo. O Papa Bento XVI falou aos peregrinos na Praça de São Pedro, na audiência de 13 de junho de 2007: "qual é a nossa atitude em relação às vicissitudes da Igreja? É a atitude de quem se interessa por uma simples curiosidade, talvez procurando o que é sensacional e escandaloso a qualquer preço? Ou é a atitude cheia de amor, e aberta ao mistério, de quem sabe por fé que pode encontrar na história da Igreja os sinais do amor de Deus e as grandes obras da salvação por ele realizadas? Se for esta a nossa atitude, não podemos deixar de nos sentir estimulados a dar uma resposta mais coerente e generosa, a um testemunho mais cristão de vida, para deixar os sinais do amor de Deus também às gerações futuras."

Se o pecado persiste também no seio da Igreja, somos convidados a ampliar o anúncio de que "onde grande é o pecado, maior é a graça!" (Rm 5, 20). Caro amigo, continue anunciando a grande riqueza da Igreja; sua riqueza está na misericórdia de Deus que supera toda a violência do pecado, sua riqueza é Cristo!

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.
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Um amigo de Deus [11.08]

Clara de Assis

Clara nasceu em Assis (Itália) em 1193. Foi a primeira mulher que se entusiasmou pela experiência de Deus realizada pelo jovem de nome Francisco, também de sua cidade natal. Com apenas 18 anos de idade, fugiu da casa de seus pais para viver o mesmo estilo de vida que seu amigo Francisco, com quem sempre esteve em profundo relacionamento espiritual.

Pode-se dizer que sua vida religiosa foi um esforço contínuo para atingir a total e perfeita pobreza e despojamento. Fundou com São Francisco de Assis a segunda ordem franciscana, grupo que recebeu seu nome: as clarissas. Passou a segunda metade de sua vida quase sempre acamada, mas procurava unir-se, por meio da doença, ao Cristo crucificado, o grande e único amor de sua vida. Morreu em São Damião, aos 11 de agosto de 1254.


Ó Deus, que na vossa misericórdia
atraístes Santa Clara ao amor da pobreza,
concedei, por sua intercessão, que, seguindo o Cristo
com um coração de pobre, vos contemplemos um dia em vosso reino.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Comunhão Eucarística nas mãos ou na boca?

Liturgicamente falando, a hóstia deve ser entregue nas mãos ou na boca? (Márcia, 33 anos, São Paulo, SP)

Olá, Márcia!

Obrigado pela visita ao blog e pela pergunta!

Um estudo pormenorizado sobre essa prática ao longo da história da Igreja nos revelará, a partir dos mais antigos registros (desde o séc. II) a prática das primeiras comunidades cristãs de receber a hóstia consagrada nas mãos; consta que o costume de recebê-la na boca foi introduzido mais tarde por razões de diversas naturezas, dentre as quais, a mais importante era a de evitar o risco de profanação.

Atualmente, o assunto é muito debatido entre grupos que defendem tanto uma como outra prática. Aqui, me limito a lhe apresentar o que diz o mais recente documentos da Igreja sobre o assunto:

1. Instrução "Redemptionis Sacramentum" de 25 de março de 2004

[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde a Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.

2. Instrução Geral sobre o Missal Romano

[161.] Se a Comunhão é dada sob a espécie do pão somente, o sacerdote mostra a cada um a hóstia um pouco elevada, dizendo: O Corpo de Cristo. Quem vai comungar responde: Amém, recebe o Sacramento, na boca ou, onde for concedido, na mão, à sua livre escolha. O comungante, assim que recebe a santa hóstia, consome-a inteiramente.

[287.] Se a Comunhão do cálice é feita por intinção, o comungando, segurando a patena sob a boca, aproxima-se do sacerdote, que segura o vaso com as sagradas partículas e a cujo lado tem o ministro sustentando o cálice. O sacerdote toma a hóstia, mergulha-a parcialmente no cálice e, mostrando-a, diz: O Corpo e o Sangue de Cristo; o comungando responde: Amém, recebe do sacerdote o Sacramento, na boca, e se retira.


Em síntese, as duas práticas são permitidas. O que realmente importa é que tudo seja feito de modo mais adequado e digno com a natureza do Sacramento.

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Pe. Mauricio Miranda.
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sábado, 8 de agosto de 2009

19º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 2009

Evangelho (João 6,41-51)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 41 os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42 Eles comentavam: “Não é este Jesus o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como pode então dizer que desceu do céu?”43 Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai, e por ele foi instruído, vem a mim. 46 Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47 Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna. 48 Eu sou o pão da vida. 49 Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50 Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!



O trecho do Evangelho que lemos no domingo passado (Jo 6, 24-35) serve como uma grande introdução ao discurso sobre o "Pão da Vida" que se estende por todo o capítulo sexto do Evangelho de São João. Tal discurso é articulado em duas grandes partes: a primeira (v. 41-50) que relaciona a expressão "pão da vida" à Palavra de Deus que se fez carne e veio habitar no meio de nós (cf. Jo 1,14); a segunda (v. 51-58) que relaciona a mesma expressão ao corpo e sangue de Cristo dados em alimento para a vida do mundo.

Jesus é o pão da vida que alimenta o mundo por meio de seu ensinamento (Palavra de Deus) e por meio da entrega de seu corpo e Sangue (Eucaristia). Por isso, na verdade, todo o discurso sobre o "Pão da Vida" parece estar articulado para nos demonstrar que a Santa Missa (Rito da Palavra + Rito da Eucaristia) é o local privilegiado por meio do qual Deus nos alimenta.

Vamos nos deter, de modo especial nesse 19º Domingo, sobre a primeira parte desse discurso. Num primeiro momento, Jesus afirma que "ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai" (Jo 6, 44). Ora, o Pai nos atrai, falando diretamente ao nosso coração, por meio de sua Palavra! Num segundo momento, Jesus continua dizendo que "todo aquele que escutou o Pai e por Ele foi instruído, vem a mim" (Jo 6, 45). Ora, isso significa dizer que todo aquele que escuta a Palavra do Pai e é ensinado por ela, chega até Jesus. Que verdade fundamental podemos concluir desses dois importantes versículos? Jesus é a Palavra de Deus! Vamos reler os dois versículos a partir dessa informação? Vamos lá: ninguém pode conhecer Jesus, se o Pai que o enviou não o dá a conhecer (cf. Jo 6, 44) e todo aquele que escutou a Palavra do Pai e foi por ela instruído reconhece Jesus nessa Palavra (cf. Jo 6, 45)!

Jesus é a Palavra de Deus! A atitude fundamental de todo o discípulo diante de tão grande revelação, é acolhê-la na fé. A fé em Jesus é a nossa garantia da ressurreição e da vida eterna. Por isso o próprio Senhor afirma: "Em verdade, em verdade eu vos digo, quem crê, possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida." (Jo 6, 47-48). A fé é o dom que nos possibilita reconhecer Jesus na Palavra e na Eucaristia. Não foi essa a experiência dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-33)?

Cada Santa Missa celebrada é um encontro real com Jesus, Pão da Vida! Quando descobrimos essa maravilhosa verdade, nenhuma missa é igual a outra. Cada uma é um momento único e irrepetível de conformação de vida ao mistério que celebramos!

Vamos celebrar? Reconheçamos o Pão da Vida na Palavra de Deus!

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

Um amigo de Deus [08.08]

São Domingos

Nasceu em Caleruega (Espanha) cerca do ano de 1170. estudou Teologia em Palência e foi nomeado cônego da Igreja de Osma. Por meio da sua pregação e do exemplo de sua vida, combateu com grande êxito a heresia dos Albigenses. Para a continuidade desta obra, reuniu companheiros e fundou a Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Morreu em Bolonha no dia 06 de agosto de 1221.

Ó Deus, que os méritos e ensinamentos de São Domingos venham em socorro da vossa Igreja, para que o grande pregador da vossa verdade seja agora nosso fiel intercessor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sacramento da Reconciliação

Sou catequista e uma das perguntas mais freqüentes que meus catequisandos me fazem é do por quê devem se confessar. Como explicar melhor? (Luzia, 20 anos, São Paulo, SP)

Olá, Luzia!

Obrigado pela visita ao blog e pela pergunta!

Em primeiro lugar, devemos receber com alegria esse tipo de questionamento, sobretudo vindo de catequisandos! A questão revela a busca de sentido na prática da confissão. Somente quando se compreende o sentido do que se celebra, é possível entender a ligação vital que existe entre doutrina, celebração e vida!

Penso que um primeiro desafio para você, catequista, é levá-los a compreender a doutrina básica sobre os Sacramentos. O Catecismo da Igreja Católica (parágrafos 1113-1130) poderá lhe ajudar a entender melhor o assunto. Geralmente, quando se compreende bem a função dos Sacramentos no plano divino da Salvação, não se pergunta mais sobre a importância e necessidade deles...

Mesmo assim, algumas questões de aprofundamento podem surgir. No caso, do Sacramento da Reconciliação, uma das questões que mais aparece é: "por que devo me confessar com um padre?" Expressões como "eu me confesso só com Deus" revelam não somente a falta de clareza sobre a natureza dos sacramentos em geral como também, nesse caso, a falta de aprofundamento do Sacramento em questão.

No caso do exemplo acima, é importante dizer que o pecado não é somente uma falta contra Deus, capaz de romper, dependendo da gravidade, a comunhão com Ele. Toda a forma de mal possui também um alcance social. No caso do pecado, ele também é uma ruptura da comunhão com a Igreja, o povo de Deus. Durante seu ministério, ao perdoar os pecados, Jesus esclarecia o duplo efeito desse sacramento: o reestabelecimento da comunhão com Deus e a reintegração dos pecadores à comunhão com o povo de Deus. Por isso, o sacerdote, naquele momento, é ministro de Deus na administração do perdão divino, mas também representante de toda a comunidade eclesial, atingida de alguma forma pelo pecado cometido.

A partir disso, penso que um passo interessante é estudar com eles a celebração do Sacramento, procurando compreendê-la em todas as suas expressões. Creio que com isso conseguirão perceber que a graça que ali opera os ajuda a traduzir em atos de vida a experiência do amor Daquele que os perdoa.

Grande abraço!
Deus abençoe a tua missão de catequista!

Com afeto salesiano,
P. Mauricio Miranda.

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um amigo de Deus [04.08]

São João Maria Vianney

Nasceu em Lion (França) no ano de 1786. Depois de superar muitas dificuldades, pôde ser ordenado sacerdote. Tendo-lhe sido confiada a paróquia de Ars, na diocese de Belley, o santo nela promoveu admiravelmente a vida cristã, por meio da pregação eficaz, com a mortificação, a oração e a caridade. Revelou especiais qualidades na administração do sacramento da penitência; por isso, acorriam fiéis de todas as partes para receber os santos conselhos que dava. Morreu em 1859.



Deus de poder e misericórdia,
que tornastes São João Maria Vianney um pároco admirável
por sua solicitude pastoral, dai-nos, por sua intercessão e exemplo,
conquistar no amor de Cristo os irmãos para vós
e alcançar com eles a glória eterna.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.

sábado, 1 de agosto de 2009

18º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 2009


Evangelho (Joaõ 6, 24-35)


— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 24 quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25 Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?”26 Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28 Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”29 Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. 30 Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. 32 Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34 Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35 Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!



Com o evangelho do domingo passado (Jo 6, 1-15), a Igreja abriu uma importante reflexão a respeito do mistério da pessoa do Senhor Jesus, que deve perpassar cinco domingos (exceto o 20º do Tempo Comum que, por cair no dia 16 de agosto, cederá lugar à Solenidade da Assunção de Nossa Senhora); trata-se do discurso sobre o pão da vida (cf. Jo 6).

Para compreendermos o trecho lido nesse 18º Domingo, precisamos partir dos últimos versículos do lido no domingo passado: "Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: "Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo. Mas quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte." (Jo 6, 14-15).

O povo de Israel esperava a realização da promessa de Deus que lhes havia anunciado o envio de um profeta como Moisés (cf. Dt 18, 15.18); para eles, o Messias esperado era o novo Moisés em meio ao povo. Jesus procura retomar a esperança messiânica para se apresentar como o pleno cumprimento da promessa: ali estava alguém que não era apenas como Moisés, mas era muito maior que ele...! O tema é desenvolvido ao longo de todo o Evangelho de João. Eis alguns poucos exemplos, logo nos primeiros quatro capítulos:

1. Se Moisés era o profeta (Dt 18, 15.18) que, por excelência, falava em nome de Deus, Jesus era o próprio Deus que se fez carne e veio habitar ente nós (cf. Jo 1, 14);

2. Se a Lei foi dada por meio de Moisés (cf. Ex 31,18), a graça nos foi dada por meio de Jesus (cf. Jo 1, 17);

3. Se Moisés falava com Deus como um homem conversa com um amigo seu (cf. Ex 33,11), Jesus, o Filho Unigênito, está no seio do Pai e, por isso, o deu a conhecer (cf. Jo 1, 18).

4. E assim por diante, já que "como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer tenha nele a vida eterna." (Jo 3, 14).

É assim que chegamos ao paralelo estabelecido entre a primeira leitura e o Evangelho da Santa Missa desse 18º domingo (Ex 16, 2-4.12-15 e Jo 6,24-35). Diante da recordação do maná que saciou a multidão faminta no deserto, Jesus ensina que "não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá a vida ao mundo." (Jo 6, 32-33). [Para outro paralelo muito interessante, compare Ex 17, 1-7 e Jo 4, 7-10!]

Por fim, reconhecendo o verdadeiro Pão da vida, o povo que o havia procurado em busca do pão material que os tinha anteriormente (cf. Jo 6, 12. 24) suplica a Jesus: "Senhor, dá-nos sempre desse pão." E Jesus responde: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede" (Jo 6, 34-35).

Precisamos redescobrir isso a cada vez que nos aproximamos da Eucaristia!

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

Um amigo de Deus [01.08]

Santo Afonso Maria de Ligório

Nasceu em Nápoles em 1696; obteve o doutorado em Direito civil e eclesiástico, recebeu a ordenação sacerdotal e fundou a Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas). Com a finalidade de incrementar a vida cristã entre o povo, dedicou-se à pregação e escreveu vários livros, sobretudo de teologia moral, matéria na qual é considerado ilustre mestre. Foi eleito bispo de Sant'Agata dei Goti, mas renunciou ao cargo pouco depois e morreu junto aos seus companheiros, em Nocera dei Pagani, em Campânia, em 1787.



Ó Deus,
que suscitais continuamente em vossa Igreja
novos exemplos de virtude, dai-nos seguir de tal modo os passos
do bispo Santo Afonso no zelo pela salvação de todos,
que alcancemos com ele a recompensa celeste.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.