terça-feira, 30 de setembro de 2008
Especial Apóstolo Paulo - Conclusão
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Especial Apóstolo Paulo - Parte 9
a) Tirano deveria ser algum professor de retórica que emprestava ou alugava a sua sala a Paulo. Provavelmente, Paulo se reunia com os discípulos ali durante o horário reservado ao almoço e à sesta. Isso é interessante! A princípio, entendemos que para ouvir e aprofundar a Palavra de Deus, os discípulos renunciavam senão ao almoço, ao menos ao descanso que costumavam fazer logo em seguida...
Ruínas da antiga cidade de Éfeso (detalhes das colunas, acima e abaixo)
Teatro da cidade de Éfeso. Aí aconteceu a cena narrada por Atos 19, 23-40
Nosso grupo de estudos lendo e estudando o trecho de Atos dos Apóstolos, no próprio local.
O Teatro visto da parte de baixo da cidade. Nesse ângulo é possível averiguar a grandeza da construção. Mesmo para aqueles que acreditam que o autor dos Atos dos Apóstolos tenha exagerado propositalmente no relato da dimensão do motim de Éfeso, não resta dúvida que para encher o teatro da cidade, a causa deveria ser realmente importante...
Especial Apóstolo Paulo - Parte 8
Como a maioria das cidades de então, Corinto, já na época de Paulo, havia uma história centenária. Como colônia romana, havia sido fundada por Júlio César e era capital da província de Acaia. Os dois portos (um de cada lado do istmo), faziam de Corinto uma cidade cosmopolita, marcada por grande diversidade cultural.
Ao chegar em Corinto, Paulo se instalou na casa de um casal de amigos, Áquila e Priscila, que muito o ajudaram na difusão do Evangelho. Ao longo da semana, trabalhava como fabricante de tendas para pagar os gastos com sua estadia e, aos finais de semana, pregava nas sinagogas. Com a chegada de Silas e Timóteo, Paulo passa, com eles, a se dedicar inteiramente ao anúncio do Evangelho por toda a região.
Ao longo de um ano e meio em que viveu em Corinto, Paulo também enfrentou forte resistência e oposição por parte de muitos judeus ao anúncio do Evangelho. Quando nosso grupo de estudos passou pelas ruínas de Corinto (parte antiga da cidade), tivemos a graça de celebrar a Eucaristia bem próximo ao lugar onde ele esteve diante do proconsul Galião acusado de promover a desordem entre o povo, conforme relata At 18, 12-17. Continuava, no entanto, destemido na proclamação da Boa Notícia, obediente às palavras que o Senhor lhe havia dito: "Não tenhas medo, continua a falar, não te cales. De fato, eu estou contigo e ninguém porá a mão em ti para te maltratar porque, nesta cidade, um povo numeroso me é destinado". (At 18, 10).
A comunidade cristã fundada por Paulo em Corinto, apesar de muito fervorosa e animada, vivia exposta aos perigos de uma cultura pagã que ameaçava comprometer a pureza do Evangelho que havia recebido. Toda a problemática que envolvia aquela comunidade aparece muito bem refletida na primeira carta que Paulo escreve aos Coríntios. De fato, sabe-se que corriam sério risco de se dividir, não apenas por causa da grande diversidade entre seus membros, mas também pela ação de adversários do Apóstolo que, imagina-se, estavam "infiltrados" na comunidade e pareciam disseminar confusão... É a esse respeito, por exemplo, que Paulo escreve sua segunda carta à mesma comunidade.
Convido você que me acompanha por esse blog a retomar essas duas importantes cartas do Novo Testamento. Pelos problemas que enfrentam e aos quais desejam dar soluções, ambas as cartas continuam extremamente atuais e podem, como Palavra de Deus que o são, muito contribuir para nossa fidelidade ao Senhor, condição do crescimento e do avanço do anúncio do Evangelho no mundo de hoje.
Com afeto salesiano
Mapa da Grécia antiga. Entre os anos de 1881 a 1893, foi contruído um pequeno canal que uniu o Golfo de Corinto com o Mar Egeu. Dessa forma, separou-se a Península de Peloponeso (onde fica a cidade de Corinto) da parte principal da Grécia.
O Canal de Corinto (fotos acima e abaixo) tem apenas 6,3 quilômetros de comprimento por 21 metros de largura. Por ser tão estreito, comporta apenas o transporte de pequenas embarcações, evitando que as mesmas naveguem cerca de 400 quilômetros em torno do Peloponeso para então chegar ao local desejado.
Acima, face do Imperador Nero, resgatada quase intacta das ruínas da antiga cidade e exposta no Museu de Corinto. Abaixo, esculpidos em mármore, escultura de um homem e parte de escultura de peça da vestimenta militar. A terceira foto é de um mosaico decorativo das antigas construções, todos expostos no mesmo museu.
Templo de Apolo, uma das contruções mais bem conservadas de todo o sítio arqueológico. Com as montanhas ao fundo, dá para se ter a idéia da altura desse terreno. De fato, na Grécia antiga, os templos eram construídos em lugares bem altos, "próximos aos céus", morada dos deuses... A vista de cada um desses lugares é simplesmente magnífica!
As ruínas de Corinto (detalhe)
sábado, 27 de setembro de 2008
— Ele está no meio de nós!
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
— Glória a Vós, Senhor!
Especial Apóstolo Paulo - Parte 7
As ruínas do areópago visto de cima da acrópole grega. Ao fundo, parte da cidade de Atenas, hoje.
A entrada do areópago. A placa, à direita, traz, em grego, a passagem de Atos 17.
Tivemos a imensa graça de celebrar a Eucaristia no alto do areópago! Na foto, nosso grupo se preparava para o intenso momento de oração.
Naquele local, pedi a Deus à graça do dom da Palavra: anunciá-la com palavras e em atos de vida! No mundo de hoje existem milhares de "areópagos" que continuam perguntando a razão de nossa fé. Que Deus nos transforme em autênticos anunciadores cheios de seu Espírito, assim como o foi São Paulo.
A vista da cidade de Atenas de cima do areópago.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Especial Apóstolo Paulo - Parte 6
Centro da cidade. Ao fundo, as águas do Mar Egeu.
Igreja ortodoxa de São Demétrio, mártir de Tessalônica. Abaixo, detalhe de lustre principal da igreja.
Igreja ortodoxa de Santa Sofia. Sofia não é nenhum personagem histórico, senão a Santa Sabedoria de Deus. Abaixo, detalhe de afresco da abóboda principal da igreja.
Beréia
Os macedônios se estabeleceram na região por volta de 700 a.C. Beréia (atual Véria) era, na época de Paulo, uma importante cidade do Imperio Romano, capital do terceiro distrito da província da Macedônia.
A curiosidade que repousa sobre os judeus que habitavam a cidade quando da segunda viagem missionária de Paulo é a simpática acolhida que deram às palavras de Paulo. De fato, lemos que "mais corteses que os de Tessalônica, [eles] acolheram a Palavra com inteira boa vontade e cada dia examinavam as Escrituras para ver se era assim mesmo [como o Apóstolo lhes falava]" (At 17, 11).
Mas o livro continua narrando que os judeus de Tessalônica, sabendo da estadia de Paulo em Beréia, foram até lá afim de encontrá-lo e impedir que pregasse o Evangelho. Por isso, os irmãos da comunidade fizeram Paulo partir com destino a Atenas, marco importante do anúncio do Evangelho aos pagãos. Apesar de viver nesse período uma forte decadência política, Atenas continuava sendo o ícone da cultura helenística. Atenas será palco do primeiro confronto entre o Evangelho e alto pensamento pagão. Dali, em diante, o Cristianismo fará um difícil caminho do que, hoje, podemos chamar de esforço de "inculturação".
Mosaico em monumento dedicado ao Apóstolo, ao lado do monumento principal.
Um dos mosaicos no "Púlpito de São Paulo" retrata o anúncio do Evangelho aos judeus da cidade.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Especial Apóstolo Paulo - Parte 5
Igreja Greca-Ortodoxa dedicada ao Apóstolo Paulo no centro de Kavalla
Mosaico comemorativo à chegada do Evangelho no Ocidente. A gravura representa a passagem do Oriente em direção ao Ocidente.
O belíssimo porto de Kavalla (fotos acima e abaixo)
Filipos
De Neápolis, Paulo e Silas viajaram para Filipos (cf. At 16,12), cidade bem conhecida no universo cristão, graças à comunidade cristã que ali vivia e que foi destinatária da conhecida Carta de São Paulo aos Filipenses.
Filipos foi uma cidade fundada por Filipe II, no leste da Macedônia. Além de haver minas de ouro em sua região, outro fator que motivou a fundação de Filipos foi o de estabelecer uma guarnição entre Neápolis, cidade portuária, e as demais cidades do reino. A partir de 167 a.C. passa a ser considerada uma cidade romana, assim como Neápolis, ambas conquistadas pelo Império que avançava.
O Apóstolo, assim como narra os Atos dos Apóstolos, visitou a cidade acompanhado por Silas. Embora não tenha sido a primeira cidade do Ocidente a ser visitada pelo Apóstolo, é o primeiro lugar de onde se tem notícia que o Evangelho tenha sido pregado em terras ocidentais. Em Filipos viviam poucos judeus, o que parecia não justificar a existência de uma sinagoga. Ao menos, à entrada de Paulo na cidade, nenhuma sinagoga é mencionada como lugar de oração daquela comunidade. Aos sábados, aquela pequena comunidade judaica costumava se reunir às margens do rio Zygacte. No sábado em que o Apóstolo chegou à cidade, estavam reunidas apenas as mulheres da comunidade. Foi naquela ocasião que Paulo anuncia o Evangelho à Lídia, mulher da cidade de Tiatira (Ásia Menor) e lhe confere o batismo. Sabe-se que ao longo de sua permanência em Filipos, foi na casa dessa mulher, grande colaboradora do anúncio do Evangelho em Filipos, que Paulo esteve hospedado.
Também em Filipos ocorre a prisão de Paulo e seus companheiros (cf. At 16, 16-40). Após haver expulso, em nome de Jesus Cristo, um espírito de adivinhação que agia numa mulher que o seguia, Paulo é arrastado pelos patrões dela para praça pública para ser julgado perante os magistrados. Depois de ser açoitado, foi enviado para uma prisão. Os Atos dos Apóstolos relatam que "por volta da meia-noite, Paulo e Silas, em oração, cantavam os louvores de Deus e os outros presos os escutavam. De repente houve um tremor de terra tão violento que abalou os alicerces do edifício. Todas as portas se abriram no mesmo instante e os grilhões de todos os prisioneiros arrebentaram". (At 16, 25-26). Foi naquele momento que, atordoado com o que estava acontecendo, o carcereiro pergunta a Pauloe Silas: " 'Senhores, que devo fazer para ser salvo?' Eles responderam: 'Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua família'." (At 16, 30-31).
Convido você que me acompanha por este blog a concluir pessoalmente a leitura dessa importante passagem do anúncio do Evangelho em Filipos, depois da qual Paulo e Silas partem para Tessalônica. Também convido você a ler a Carta de São Paulo aos Filipenses. Pensa-se que tenha sido escrita quando o Apóstolo estava encarcerado em Roma. A alegria é a nota dominante em toda a carta que, por sua vez, demonstra ser a comunidade dos filipenses aquela que parece ter dado mais alegria ao Apóstolo.
Por hoje é só. Boa leitura e oração! A gente se vê amanhã.
Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.
Local da prisão do Apóstolo Paulo. Acredita-se que ele tenha ficado justamente nesta cela, já que estudos apontam ser exatamente essa a "cela mais retirada" (At 16, 24) do cárcere da antiga cidade.
Na foto, nosso grupo, em oração diante da entrada da cela de Paulo, escutava a leitura do respectivo trecho dos Atos dos Apóstolos. A emoção de orar num lugar como esse é realmente indescritível... No momento em que orávamos, o lugar não tremeu (cf. At 16, 26), mas certamente ficaram abalados os alicerces do coração! Ali, pedi a Deus a graça da coragem de testemunhar o Senhor Jesus, mesmo nas mais difíceis situações da vida...
Igreja dedicada a Santa Lídia, construída nas imediações do local onde ocorreu o encontro entre ela e Paulo. Toda a Igreja é construída em torno a um Batistério (foto abaixo).
Mosaico sob o teto da Igreja, bem acima do Batistério. Na gravura, João Batista batiza o Senhor nas águas do Jordão. Ali, renovei, mais uma vez de modo particular, minhas promessas batismais. Convido você a fazer o mesmo nesse momento. Pare por um instante a leitura e, em diálogo silencioso e amoroso com o Senhor, renove as promessas feitas no dia de seu Batismo: tal renovação consiste em renunciar ao Mal e a Satanás, princípio e autor do pecado e, em seguida, realizar com convicção nossa profissão de fé: Creio em Deus Pai...
O riacho que corre na região do encontro entre Lídia e Paulo. Possivelmente, nessas águas, após ter ouvido a pregação do Evangelho, Lídia pediu o batismo.
Local de oração, em frente à Igreja, conhecido como o Batistério de Lídia. Ali, nosso grupo celebrou a Santa Missa.
Parte do mosaico que adorna o altar principal da Igreja de Santa Lídia. Que a Virgem Santíssima nos auxilie a viver com alegria nossa vocação batismal: sermos sinais e portadores da luz de Cristo ao mundo!