sábado, 14 de novembro de 2009

33º Domingo do Tempo Comum - Ano B - 2009

Evangelho (Marcos 13,24-32)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25 as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. 26 Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27 Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. 28 Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29 Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30 Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32 Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!



Estamos chegando ao final de um ano litúrgico, com a Festa de Cristo Rei, a ser celebrada no domingo que vem, ao mesmo tempo em que, nos preparamos para iniciar um novo ano, com a celebração do Tempo do Advento do Senhor. Esse período da vida da Igreja é muito privilegiado para celebrarmos a grande esperança cristã: "Este Jesus que vos foi arrebatado para o céu, voltará do mesmo modo como o vistes partir" (At 1, 11b).

Apesar da linguagem apocalíptica — própria de textos como o que escutamos na Primeira Leitura (cf. Dn 12, 1-3) e no trecho do Evangelho da Santa Missa desse Domingo — tratar esse tão esperado momento como se estivesse muito próximo a se cumprir, ninguém sabe exatamente quando estas coisas se realizarão (cf. Mc 13, 32; At 1, 7). Na verdade, tal linguagem tem a única intenção de nos ensinar como é chamado a viver aquele que aguarda (e anseia!) esse grande Dia.

No Evangelho desse Domingo, o Senhor nos convida a considerarmos a figura transitória desse mundo. De fato, tudo nesse mundo passa...! Ora, se é assim, por que colocarmos nossa esperança em coisas que perecem? Por que fazer consistir o sentido de nossa vida em coisas que hoje valem, mas que amanhã não valem mais? Somos chamados a edificar nossa existência no Senhor, única realidade que permanece para sempre (cf. Mc 13, 31)! Isso não significa dizer um "não" absoluto a tudo o que é desse mundo, mas não lhe dar um valor superior ao que realmente possui...

Com a vinda do Senhor, este mundo se transformará, dando lugar a "novos céus e uma nova terra" (cf. 2 Pd 3,13), onde "toda a lágrima será enxugada de seus olhos" e onde "já não haverá morte, não haverá mais luto, nem clamor, nem sofrimento, pois o mundo antigo desapareceu." (Ap 21, 4).

Diante de uma promessa assim tão feliz, como pode um cristão ter medo esse Dia? Antes, seu coração deve se encher de alegria e esperança e, por meio de atos concretos, seguir clamando: "Assim seja. Vem, Senhor Jesus!" (Ap 22, 20b).

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

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