domingo, 2 de novembro de 2008

Comemoração dos Finados - Ano A - 2008

Evangelho (João 6, 37-40)

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 37 Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora. 38 Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. 40 Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Tão difícil quanto falar de santidade é falar da morte aos homens de nosso tempo. A palavra "morte" também foi banida do vocabulário da maioria das pessoas, de modo que não somente vivem como se nunca fossem morrer, mas evitam de todas as maneiras tocar no assunto. Penso que a dificuldade de se falar tanto de um quanto de outro tema reflete um fato preocupante: muitos desconhecem o amor de Deus!

E por quê? Por que se as pessoas compreendessem que ser santo significa dizer sim ao convite amoroso de Deus que quer restabelecer a amizade que o pecado rompeu, certamente o desejo pela santidade renasceria com toda força em cada coração. Temos, por natureza, necessidade da amizade de Deus, necessidade de sermos santos!

Como é grande o amor de Deus! De fato, o Apóstolo nos recorda que "uma prova brilhante do amor de Deus por nós é que quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rm 5,8). Foi por sua morte que Cristo nos devolveu à comunhão que o pecado havia rompido. Pela morte de Cristo, nos foi dada a possibilidade de participarmos da vida de Deus! E tudo isso, ainda nessa vida!

Ora, se é assim enquanto vivemos, o que dizer do que será quando estivermos face a face com o próprio Amor? À medida em que comprendemos essas coisas, a morte ganha um novo sentido em nossa vida. Entre o que vivemos e o que viveremos, ela passa a ser uma experiência necessária. Dessa forma, começamos a conceber de maneira diversa também a morte de nossos entes queridos. E é assim que, apesar da dor da ausência daqueles que amamos, a certeza de que eles nos anteciparam no encontro com o Amor, é capaz de consolar nossos corações.

Permitamos que a amizade de Deus transforme nossa maneira de viver, a começar pelo modo como encaramos a morte. Só assim é que faremos nossas as palavras cheias de esperança que brotaram do coração de Jó: "... na minha própria carne, verei Deus. Eu mesmo o contemplarei, meus olhos o verão..." (Jó 19, 26-27).

Com afeto salesiano,
Pe. Mauricio Miranda.

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Così come è difficile parlare di santità, è anche difficile parlare di morte agli uomini del nostro tempo. Anche la parola "morte" è stata cancellata dal vocabolario della maggior parte delle persone, in modo che non solo vivono come se non dovessero mai morire, ma anche cercano in ogni modo di evitare di toccare l'argomento. Credo che la difficoltà di parlare di questi due argomenti riflette una realtà inquietante: molti non conoscono l'amore di Dio!

E perchè? Perchè se le persone capissero che essere santi significa dire sì alla chiamata di Dio amorevole che vuole ripristinare l'amicizia rotta dallo peccato, sicuramente il desiderio di santità rinascerebbe con tutte le forze in ogni cuore. Abbiamo, per natura, bisogno dell'amicizia di Dio! Abbiamo bisogno di essere santi!

Quanto grande è l'amore di Dio! In realtà, l'apostolo ci ricorda che "Dio dimostra il suo amore verso di noi nel fatto che, mentre eravamo ancora peccatori, Cristo è morto per noi" (Rm 5,8). È stato per la loro morte che Cristo ci ha restituito quella comunione che il peccato aveva rotto. Con la morte di Cristo, ci è stata data la possibilità di partecipare alla vita di Dio! E tutto ciò, anche in questa esistenza terrena!

Se è così mentre viviamo, cosa dire di quello che sarà quando saremo faccia a faccia proprio con l'Amore? Quando capiamo queste cose, la morte assume un nuovo significato nella nostra vita. Tra ciò che viviamo e ciò che vivremo, la morte diventa una necessaria esperienza. Così, è possibile concepire diversamente anche la morte dei nostri cari. Nonostante il dolore per l'assenza di coloro che amiamo, la fede di quelli che ci hanno preceduto nell'incontro con Dio Amore è capace di consolare i nostri cuori.

Lasciamo che l'amicizia di Dio trasformi il nostro modo di vita, cominciando con il modo in cui affrontiamo la morte. Solo allora faremo nostre le parole piene di speranza che nascono dal cuore di Giobbe: "Doppo che questa mia pelle sarà distrutta, senza la mia carne, senza la mia carne, vedrò Dio. Io lo vedrò, io stesso e i miei occhi lo contempleranno non da straniero..." (Gb 19, 26-27).

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