sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Turquia - Parte 2

Sultanhani

No caminho entre a região da Capadócia e a cidade de Icônio (cf. Especial Apóstolo Paulo - Parte 3), encontramos o Palácio de Sultanhani, uma espécie de hotel construído entre os anos de 1229 e 1236 pelo sultão Alaettin Keykubad I. Essa fortaleza serviu por longo tempo como parada para os viajantes que ali alimentavam seus animais de carga e negociavam mercadorias entre si. Hoje é apenas um museu, ao redor do qual se desenvolveu um pequeno povoado que dá nome ao antigo palácio.










Pamukkale

Pamukkale é uma palavra turca que significa "castelo de algodão". Assim é chamado o imenso penhasco branco de carbonato de cálcio. Possui várias bacias d'água cujas águas minerais, que contém óxido de cálcio, deixam belíssimas marcas nas encostas da montanha. Na verdade, a ciência explica que as termas que se localizam sob o penhasco provocam o derretimento de carbonato de cálcio que acaba se solidificando como mármore travertino, também conhecido como tufo. O efeito desse processo resulta em uma série de degraus que formam uma série de "cascatas petrificadas". Tanto as "cascatas" como a água mudam de cor de acordo com a luz solar. Pode-se imaginar que o efeito disso é realmente surpreendente. Creio que a máquina fotográfica não pôde colher a maravilha que é ver isso ao vivo, porém, é possível imaginar a beleza do fenômero a partir do que mostra cada foto. O local é é patrimônio mundial da UNESCO desde 1988.












Hierápolis

Também, desde 1988, considerado patrimônio mundial da UNESCO, esse sítio arqueológico guarda as ruínas da época da dominação romana sobre uma cidade fundada pelos sírios no século II a.C.

A importância de Hierápolis na antiguidade estava ligada às suas fontes termais (já que se localiza na região de Pamukkale), além de ter sido um importante e conhecido pólo produtor de tecidos. O fato de estar bem próxima à cidade de Éfeso, outro centro de grande importância na antiguidade, lhe rendia grandes vantagens. No entanto, tanta prosperidade foi altamente comprometida pelos sucessivos terremotos que abalaram a cidade ao longo de sua história.

Sabe-se que em Herápolis existiu, desde a era apostólica, uma forte comunidade cristã, possivelmente fundada por Epafra, um colossense, discípulo de São Paulo Apóstolo. Epafra deve ter sido um dos principais evangelizadores da região durante a permanência do Apóstolo em Éfeso (cf. Especial Apóstolo Paulo - Parte 9). Aliás, é de Éfeso que Paulo escreve sua carta aos colossenses, na qual cita o trabalho de seu colaborador na vizinha cidade de Hierápolis: "Saúda-vos Epafras, vosso conterrâneo; este servo de Jesus Cristo não cessa de travar por vós o combate da oração, a fim de que permaneçais firmes, perfeitos, dando pleno consentimento a toda a vontade de Deus. Eu presto testemunho de que ele se preocupa muito por vós, pelos de Laodicéia e de Hierápolis" (Col 4, 12-13).

Também se sabe por relatos históricos que anos mais tarde, Hierápolis recebeu um tal de Filipe, chamado de evangelista, que foi martirizado na cidade. Embora não se consiga provar, muitos pensam ser aquele Filipe, o mesmo que compunha o grupo dos Apóstolos de Cristo (para conhecer melhor a pessoa de Filipe Apóstolo e seu relacionamento com o Senhor, sugiro a leitura dos belíssimos textos seguintes: Jo 1, 43-51; 6, 5-7; 12, 20-30; 14, 8-13).



Ruínas de Hierápolis


Teatro da cidade, amplamente conservado. É algo belíssimo! Pode se imaginar o esplendor que uma construção dessa possuía naquela época...

O local do martírio de São Filipe

Uma das portas da muralha da cidade. Como a maioria das cidades, Hierápolis foi construída na parte mais alta da região, fato que rende aos visitantes uma maravilhosa visão panorâmica.

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